O Partido da Causa Operária tomou a decisão de realizar, neste Primeiro de Maio, data internacional dos trabalhadores e da classe operária mundial, junto com outros setores classistas, um ato presencial para marcar o dia que celebra em todo o mundo a tradição histórica de luta dos explorados contra o capital e os exploradores.
Trata-se de uma decisão acertada e consequente, que deveria ser encampada por todo aqueles que dizem representar os trabalhadores, suas lutas, direitos e reivindicações. O PCO entende que não é admissível, e menos ainda aceitável, que organizações e partidos que se colocam, ainda que só formalmente, no terreno de luta dos trabalhadores, alegando os mais diversos pretextos – o primeiro deles, a epidemia viral que assola o país – não realizem atividades, atos e protestos para marcar o repúdio e a indignação das massas populares, dos trabalhadores e dos explorados ao governo golpista, reacionário, representante dos patrões, dos banqueiros e do imperialismo.
O ato do PCO, nesse sentido, contrapõe-se e é o exato oposto do que vem sendo anunciado pela direção da Central Única dos Trabalhadores e outras “centrais” (patronais), que sequer irão realizar atos presenciais, preferindo aliar-se não só às “centrais sindicais” pelegas (Força Sindical, principalmente), como convidarão para o “palanque virtual online” do primeiro de maio os piores inimigos do povo trabalhador e as mais grotescas e bizarras figuras do submundo da política nacional, como os governadores João Dória (SP) e Wilson Witzel (RJ). A lista se completa com os não menos grotescos Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente que leiloou a economia nacional, privatizando grande parte dos ativos do país; Rodrigo Maia, o “general das Reformas” que destruiu direitos e conquistas dos trabalhadores; Dias Toffoli, ministro do STF que manteve ilegalmente preso o ex-presidente Lula; Ciro Gomes, o fanfarrão direitista com discurso “esquerdista”, que se especializou, no último período, em atacar a esquerda brasileira, particularmente Lula e o PT.
No ato classista, independente e revolucionário, impulsionado pelo PCO, não há espaço para bandidos e criminosos golpistas da estirpe desses que estarão no “palanque virtual online” das “centrais”, a convite das alas mais reacionárias da burocracia. O convite da mais importante central operária do país e da América Latina a esses elementos da burguesia, golpistas, reacionários e direitistas, configura-se como uma verdadeira traição aos trabalhadores brasileiros e latino-americanos, um ultraje à memória dos mártires de Chicago e de todos os que tombaram lutando contra o regime de exploração, miséria, catástrofe, doenças, epidemias e morte que representa o capitalismo.
No ato classista, o espaço estará aberto somente para aqueles que compreendem a necessidade da organização e da ação independente dos trabalhadores e que compreendem também que a palavra de ordem que orientará a intervenção será uma que esteja em sintonia com as legítimas aspirações da maioria da população e das massas populares, que não poderia ser outra senão: “Fora Bolsonaro”, fora todos os golpistas, pelo atendimento das reivindicações dos explorados, por novas eleições gerais, assegurados os direitos políticos do ex-presidente Lula.