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Bancada ruralista

Um 1° de Maio com os inimigos da reforma agrária e da luta pela terra?

Convidados do 1° de Maio, dia de luta dos trabalhadores, fazem parte da ala mais reacionária do país e atuam contra os trabalhadores do campo e da luta pela terra

O 1° de Maio apresentado pela CUT e as centrais pelegas diretamente ligadas aos patrões, como Força Sindical, traz a participação de elementos da direita e extrema-direita, o que deixa a militância de esquerda estarrecida.

Foi divulgado que o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo João Doria, o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e Ciro Gomes, um elemento da direita apresentado como esquerdista, participarão do dia de luta dos trabalhadores.

O PCO já vem denunciando e convocando os militantes sérios e que não compactuam com essa política a boicotar esse primeiro de maio recheado de bandidos políticos que são responsáveis pela situação política atual. Mas neste artigo gostaria de denunciar a manobra traidora dessas direções em convocar elementos que atuam contra os trabalhadores rurais, trabalhadores sem-terra, indígenas e outros povos tradicionais que lutam pela bandeira da reforma agrária.

Boa parte desses bandidos políticos citados acima está ligado a um dos setores mais atrasados do país, o latifúndio. Os partidos desses elementos, o Democratas, PSL, PSDB e PDT são os principais representantes da chamada bancada ruralista. A bancada ruralista é responsável por atacar duramente a luta pela terra e impor leis que dificultam desapropriações e punem lideranças de movimentos sociais, como o MST e os indígenas. A bancada ruralista também articula o fim das ações do Ministério do Trabalho contra o trabalho escravo, que tanto assola os trabalhadores do campo; a começar pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que faz parte formalmente da bancada ruralista, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), onde o Democratas é um dos principais representante da bancada ruralista na Câmara com 22 parlamentares de um total de 28.

O partido de Witzel, o PSL conta com 25 parlamentares; o PSDB, com 16 de um total de 32; e PDT com 11 parlamentares de 28; ou seja, partido em que mais da metade de suas bancadas fazem parte dessa frente contra os trabalhadores do campo e a luta pela terra.

João Doria, tucano declaradamente bolsonarista durante as eleições, sempre atacou o MST quando teve oportunidade. Fez de tudo para evitar que a 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, fosse realizada e não permitiu a liberação do Parque da Água Branca para a realização da feira, o que acabou por forçar a cancelamento dela. Doria também é responsável por dezenas de despejos de trabalhadores sem-terra no Estado de São Paulo e sempre atacou publicamente o MST.

Outro tucano conhecido é Fernando Henrique Cardoso. o FHC, que agora está sendo apresentado como moderado e conciliador. Quando foi presidente da República atacou duramente os trabalhadores do campo e os trabalhadores sem-terra. Seu ataque aos trabalhadores do campo foi tamanho que os dois maiores massacres contra trabalhadores no campo foram realizado no seu governo, como o de Corumbiara (RO), em 1995, e Eldorado do Carajás (PA), em 1996.

Após os massacres, ainda justificou novas medidas de ataques à reforma agrária e editou a MP (medida provisória) 2.027, de 4 de abril de 2000, que impede vistoria de áreas invadidas e decreta seu “congelamento” por dois anos para desapropriação. Além disso, a portaria 62 do ministério, de 27 de maio de 2001, estabelece a exclusão dos beneficiários da reforma envolvidos em ações de invasões a propriedades ou a prédios públicos. Principais medidas que bloqueiam desapropriações de terra e acirram conflitos até os dias atuais.

Essa é uma pequena amostra do que esses bandidos políticos, inimigos dos trabalhadores, fizeram ou representam dentro do parlamento. São bandidos da pior espécie; bandidos que estão vendo o barco furado, que é o governo Bolsonaro, mas que aprovaram todas as medidas do governo de ataques aos trabalhadores e fazem parte de organizações criminosas no campo.

É preciso boicotar esse 1° de Maio com a direita golpista e realizar um independente e classista que organize os trabalhadores contra essa corja de direita e golpista.

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