Da redação – Dos 28 países que votam para o parlamento europeu, 21 (a maioria) estão decidindo hoje (26) os representantes da União Europeia. Os 7 outros já haviam votado. O resultado das eleições, entretanto só serão divulgados esta noite.
Estas eleições já revelam ser as mais conturbadas da história, expressando uma gigantesca crise do imperialismo europeu.
Em plena eleição, a ala principal do imperialismo está tendo de lidar com a possível saída do Reino Unido da UE – um dos principais pilares desta organização. Após a primeira-ministra Theresa May renunciar ao cargo, tendo postergado a saída por mais de 3 anos, a situação ficou mais crítica.
O Partido Conservador de May, o partido mais tradicional da burguesia inglesa, entrou em um processo de esvaziamento total por não ter conseguido resolver a crise em torno do brexit, desmoralizando-se com os setores de extrema-direita que tendem a votar no UKIP – partido que liderou a campanha contra a UE.
Em todos os lugares, o que se percebe é um profundo esfacelamento dos partidos tradicionais da burguesia, com uma possível vitória da extrema-direita ou pelo menos um grande crescimento eleitoral destes.
Na França, o reagrupamento nacional (formado por militares nazistas) deve liderar as eleições na frente da Repúblique en Marche, de Emmanuel Macron, profundamente impopular como se vê com a mobilização de trabalhadores franceses desde o final do ano passado.
Como parte deste movimento, o imperialismo está apostando em “novos” partidos liberais ou “ecologistas” (os verdes) para substituir os partidos tradicionais e vencer a extrema-direita. Na Irlanda, por exemplo, são os verdes que tendem a ganhar a maioria das cadeiras.
Assim, percebe-se que todo o regime político europeu está instável. E estas eleições tendem a apresentar um enfraquecimento grande da coligação financeira de banqueiros Alemães, Franceses e Ingleses, que controlam a UE. Os conservadores do Partido Popular Europeu – liderado pelo democratas-cristãos de Merkel – e o sociais-democratas – que reúne a esquerda do regime imperialista – irão perder forças no parlamento.