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Burocracia estudantil

UJS ajuda a promover a volta às aulas em São Paulo

Capitulação à direita de entidades que deveriam representar os estudantes aponta para a necessidade da ruptura pela base

Mesmo com a explosão de casos de coronavírus e o maior Sindicato da América Latina, a APEOSP (sindicato de professores ensino oficial do estado de São Paulo) denunciando a todo vapor o genocídio do comunidade escolar, com aproximadamente registrados até o dia 8.209 casos de covid-19 entre professores e outros trabalhadores da educação estadual, em 97 escolas paulistas, ainda existem setores dentro da própria esquerda que insistem em apoiar a medida sanguinária da volta às aulas, como é o caso da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).

Os que deveriam ter como obrigação defender a juventude em momentos como esse capitulam para os governos fascistas que querem usar este conjunto da população como bucha de canhão, numa manobra para movimentar a economia, afinal de contas, esta é a ordem geral dos imperialistas – a contração mundial do PIB em 1% com as escolas fechadas é o que levou a insistência pela reabertura, ”morra quem morrer”.

A situação exigiu uma radicalização dos professores que estão em greve desde o começo de fevereiro contra a volta às aulas em meio à pandemia do novo coronavírus, mantendo apenas as atividades de ensino remoto. Depois disso, a Apeoesp também realizou uma assembleia defendendo o cancelamento da volta às aulas presenciais e a ampliação do programa de vacinação, com prioridade para os professores.

Contrastando com a luta dos professores que defendem que a volta as aulas é um genocídio e precisa ser impedido nas ruas, com piquetes, etc. está a UBES uma organização que assim como a UNE, também é controlada hoje pelo PCDOB e vive uma época de refluxo, sendo tomada por uma burocracia pelega estudantil, ou seja, entidades que em tese deveriam defender um conjunto do povo, mas hoje precisam ser reconstruídas pela base, sacudidas de baixo pra cima.

Os professores da rede estadual destacam a greve com uma ação sanitária, em defesa da vida e contra a covid. Segundo a Apeoesp, as escolas não foram adequadamente estruturadas como diz o governo do palhaço assassino tucano João Doria . Muitas delas ainda não tiveram sequer as reformas concluídas. Dentre os principais problemas estão a pouca ventilação das salas, espaços pequenos, aglomeração na entrada e na saída das aulas, álcool em gel vencido, falta de banheiros, entre outros. Nesta semana, as escolas podem receber até 35% dos estudantes por sala.

No sentido oposto, é possível ver através das postagens em redes sociais como Facebook, que a União Paulista dos Estudantes defendendo o ”retorno seguro”, como se isso fosse possível em condições em que estamos, conforme defendeu a presidenta da Apeoesp, deputada estadual, Professora Bebel (PT):

“Não há condições para um retorno seguro. As escolas não apresentam a mínima infraestrutura. Recebemos a todo momento fotos e vídeos de professores mostrando banheiros quebrados, lixo acumulado, goteiras, álcool gel vencido. E tudo isso já está causando consequências graves. Imagine o que vai acontecer quando milhões de estudantes voltarem para as aulas presenciais no estado”

Finalmente, um levantamento realizado pela Apeoesp indica que apenas 5% dos alunos da rede pública estadual retornaram às aulas presenciais nesta segunda-feira. Para Bebel, isso indica forte adesão das famílias à greve sanitária decretada pelos professores.

“O comparecimento dos alunos foi baixíssimo, isso porque as famílias sabem dos riscos que existem nas escolas da rede estadual. Ninguém quer mandar o seu filho para um local onde há álcool gel vencido, ambientes sem ventilação, banheiros quebrados. Mesmo com um número pequeno de alunos, houve aglomeração nas portas das escolas, o que mostra o despreparo para esse retorno”, afirmou.

É preciso denunciar e repudiar o comportamento de UBES e UNE que neste momento capitulam vergonhosamente a política direitista de reabertura das escolas e ao mesmo tempo saudar a movimentação que a Apeoesp vem fazendo, impulsionada pelo coletivo de Educadores do PCO – a corrente sindical Educadores em Luta. Não ao retorno presencial, volta às aulas só com vacina e com o fim da pandemia!

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