Na última terça-feira (21), foi apresentado o orçamento de 2019 da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), esse processo vem sendo feito desde 2015 na universidade. Evidentemente que os fatos políticos que vem acontecendo decorrente dos ataques do governo Bolsonaro, conduziram toda a cerimônia diante do orçamento universitário para este ano. A apresentação dos dados foi conduzida pela pró-reitora de Administração Heloísa Helena Oliveira, e por Ana Lúcia de Assis, colocado pelo MEC como reitora pro tempore de maneira fraudulenta no último semestre.
Para este dia necessariamente não havia um caráter aberto a comunidade acadêmica como um todo, uma vez que no ofício feito, é frisado apenas a participação de gestores da instituição, centros acadêmicos e entidades representativas. Retomando o que foi dito acima, a reitoria vigente não é legítima, houve um processo eleitoral na UFTM cuja qual não fora respeitado, e esta crise está instalada desde o semestre anterior na universidade, quando o MEC se alinhou a reitoria golpista e garantiu sua permanência.
Seguindo essa linha, quando se falava do orçamento da UFTM, Ana Lúcia se limitava a dizer que o que está acontecendo é apenas um bloqueio e não um corte, como a mesma afirmou “a reitoria quer acreditar que não vai haver um corte”. Em umas das planilhas apresentadas foi confirmado que a universidade sofreu corte de 37,4% de seu orçamento, comprovando que em setembro a mesma não terá condições plenas de funcionamento, mas que segundo a reitoria, continuaria funcionando normalmente cumprindo a função de ensino, o qual é o seu dever.
O estreitamento da reitoria golpista com o bolsonarismo fica latente quando a professora Ana Lúcia afirma que houveram cortes no passado e que não houve mobilização dos estudantes, e que finalmente nessas circunstâncias a universidade conseguiu “se virar” em todas as situações, bastando apenas se adaptar e ensinando a comunidade acadêmica a ter mais consciência.
Ao ser perguntada acerca das mobilizações que aconteceram no país no último dia 15, a reitora afirmou que os estudantes e todos aqueles que defendem a universidade não podem contar a presença da mesma em nenhuma manifestação. Em suma, na terça ficou muito claro qual deve ser o posicionamento dos estudantes da UFTM no momento seguinte, que é o de levar adiante a mobilização que ao fim e ao cabo se dão contra o governo Bolsonaro, mas é preciso mobilizar os estudantes contra a reitoria golpista que é totalmente subserviente ao bolsonarismo e levar adiante a luta que será decisiva no aprofundamento da crise do governo golpista.