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Desalojamento estudantil

UFSM adere à onda de expulsão de estudantes da moradia estudantil

UFSM está seguindo a direção da política de quarentena "à própria sorte" impraticável aos estudantes pobres.

A Universidade Federal de Santa Maria, localizada no Rio Grande do Sul, foi mais uma das instituições de ensino que está seguindo uma tendência de desalojar os alunos usuários da moradia estudantil e mandando-os de volta para casa, sob o pretexto de evitar aglomerações e de que as casas dos estudantes terão melhores condições para suportarem a pandemia do COVID-19. A orientação que se baseia a medida, de ficar em casa, no entanto provavelmente pode vir a significar uma piora da situação dos cerca de 700 a 800 estudantes que ainda se encontram lá e vai convenientemente dar prosseguimento a empreitada da direita de esquecimento das instituições públicas. 

Está mais que claro que a vontade política do Governo da direita é totalmente alheia ao cuidado com a saúde pública, ela vai no sentido contrário na verdade, sustentando uma guerra contra a população e seus movimentos sociais. Qualquer medida empreendida no sentido de lidar com a pandemia vai apenas no sentido de evitar uma insurreição popular, se morrerem centenas de milhares de pessoas como previsto, estará dentro do planejamento desde que esse número não venha a desequilibrar a hegemonia da verdadeira ditadura que se instaurou no país. 

Estes estudantes vieram a receber auxílio de trabalhadores do Departamento de Saúde Coletiva do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da própria UFSM, no sentido de monitorar os casos de doenças, cuidado à saúde nas próprias casas, prover alojamentos especiais para isolamento de casos suspeitos de contaminação e receberam também materiais para higienização até o dado momento. Isso revela como não só é possível se estabelecer um cuidado à saúde dos estudantes como se apresenta como uma solução mais apropriada do que manda-los de volta para suas casas, uma vez que os estudantes mais pobres, que são os que geralmente ocupam estes alojamentos, sofrerão com a realidade da população que não tem condições de sustentar uma quarentena a partir dos próprios recursos.  Estarão fadados a ficarem sem alimentos e se contaminarem por falta de acesso á recursos para higiene como álcool, máscaras ou mesmo água. Fazer com que estes alunos se desloquem de volta as suas casa pode na verdade apresentar um risco muito maior de contaminação.

Como a direção política do governo se dá no sentido de sacrificar a população, a reação da esquerda deveria consistir não em sustentar a quarentena artificial que tem se sugerido (e se romantizado pela classe média) mas da ocupação imediata dos serviços públicos e a formação de Conselhos de bairro ou de territórios em geral para gerir recursos e destina-los ao combate real á pandemia. Como se deu no caso de Ribeirão Fresco, em Blumenau (SC).

No caso da UFSM, uma ocupação da universidade e a luta para se manter os suprimentos para o alojamento e os serviços de saúde seria o método mais realista para sobreviver ao vírus. Apostar na solução individual é deixar a população sob a tutela de Bolsonaro, Witzel, Dória, Zema, Eduardo Leite (governador do Rio Grande do Sul) e etc. É esperar em casa que a vontade política destes setores, comprometidos com a salvação apenas da burguesia tome conta da população. O DCE deveria não mostrar complacência á decisão da burocracia da universidade de incentivar a evasão dos alojamentos, mas lutar no sentido de fortalecer os estudantes e conquistar a autonomia sobre UFSM.

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