O reitor eleito do PT, o professor Adilson Jesus de Oliveira teve o nome vetado pelo presidente fascista Jair Bolsonaro para a reitoria da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), sendo o mais votado pela comunidade acadêmica e primeiro colocado na lista para ocupar o cargo, por causa de sua filiação ao Partido dos Trabalhadores. Ou seja, em sintonia com a agenda ideológica do governo, Bolsonaro fraudou as eleições do candidato à reitoria da UFSCar por ligação com o PT.
E essa não é a primeira vez, pois desde o início de sua gestão, o presidente escolheu 39 reitores para as unidades federais. Desses, 14 foram nomeados por pessoas que não lideravam a lista. E também não será a última, pois há ainda cinco instituições de ensino federal que tiveram um interventor nomeado para comandar a universidade e neste ano, Bolsonaro ainda poderá nomear nove reitores de federais. Sendo que o Brasil tem 69 universidades ligadas ao MEC.
Com o presidente ilegítimo colocando interventor para vetar a eleição, fica cada vez mais claro, com as intervenções que diversas universidades já sofreram pelo país, o perigo iminente de uma ditadura que vem se fechando pelo controle da comunidade acadêmica nas decisões das instituições. Por ser uma universidade federal, a Constituição prevê que o Presidente da República escolha o nome de quem vai ocupar o cargo, ou seja, o professor preterido não fará parte da nova gestão. Reitores e professores veem a postura como um ataque à autonomia universitária.
A professora Ana Beatriz de Oliveira foi empossada como nova reitora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), nomeada pelo presidente fascista. Porém, a professora da área de fisioterapia não era candidata à reitora e sim a pró-reitora de extensão. Em uma publicação na rede social, a reitora empossada escreveu que “a UFSCar perde a oportunidade de ter um homem grandioso à sua frente e agradeceu o apoio do professor Adilson Jesus de Oliveira”. O texto ainda diz que ela estará à disposição da comunidade acadêmica para representá-lo pelo tempo que for necessário.
Outro ponto abordado na decisão é que no pleito deste ano não foi respeitado o peso de 70% para a manifestação do pessoal docente em relação às demais categorias e a votação foi paritária, atribuindo peso igual para docentes, discentes e servidores técnico-administrativos. Enfim, desde que esse governo ilegítimo e fascista de Bolsonaro assumiu, a educação e todos os setores que não fazem parte da alta burguesia, definham. Com a intenção da direita fascista de privatização das universidades públicas e entregar para o capital. Para barrar estes ataques, apenas a mobilização de professores e estudantes contra o regime golpista.