No último dia 11, a UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia) publicou uma retificação no edital de convocação: incluiu 20 alunos não-cotistas e retirou 20 alunos cotistas.
Em nota, a UFSB informou que agiu em cumprimento de um mandado judicial, que determinou a reclassificação dos estudantes a partir da não aplicação do sistema de cotas. Alunos não-cotistas entraram na Justiça Federal com um recurso para garantir sua matrícula. Com essa reclassificação, uma parte dos classificados excedeu as 80 vagas previstas e autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) – justo os 20 cotistas.
Este caso mostra como a direita está usando todos os instrumentos do Estado, neste caso o Judiciário, para atacar a mínima conquista social dos estudantes, como é a política de cotas. A reitoria da UFSB afirmou que teve de retirar os 20 cotistas por falta de vagas aprovadas pelo MEC. É preciso denunciar esse ataque, que é feito contra os direitos dos estudantes e dos negros. A direita não quer negros em cursos de medicina ou outros cursos de ponta.