Na manhã de terça-feira (24), estudantes e docentes protestaram contra a nomeação da interventora Liliádia Barreto na frente da Universidade Federal de Sergipe.
Os professores e alunos denunciam que a escolha passou por cima da decisão feita pela comunidade acadêmica e que Liliádia foi posta no cargo pelo governo federal pela sua conivência ideológica com o plano de desmonte da educação pública e de cerceamento dos direitos democráticos de se-escolher o reitor e gerir a própria instituição.
Em consulta Pública para a Reitoria, realizada pelas entidades que representam a comunidade acadêmica da UFS, entre dezembro de 2019 e agosto deste ano, já havia sido escolhido um nome para se tornar o próprio reitor de acordo com a vontade dos estudantes e docentes. Estes reclamam pelo direito de que sua escolha seja respeitada.
A UFS já vinha sido imposta uma intervenção quando no dia 15/07 foi nomeado por um Colégio Eleitoral Especial, sem consulta pública, nomeando Valter Joviniano de Santana Filho como reitor. O processo foi criticado mesmo por profissionais que participavam dela com a crítica de que a decisão precisaria passar pelo crivo da comunidade acadêmica como um todo.
Na segunda-feira, 23, o ministro da Educação do Brasil , Milton Ribeiro, decidiu afastar Valter e nomear a então reitora golpista Liliadia da Silva Oliveira Barreto. Esta decisão ditatorial provocou a indignação da comunidade acadêmica levando ao protesto de ontem.
O processo de intervenção nas universidades é intenso levando ao aparelhamento das principais instituições do país por indivíduos coniventes com o governo golpista de Bolsonaro. Se faz necessário greves em todas as instituições de ensino contra o avanço das intervenções e pela autonomia da comunidade acadêmica. Também contra o EAD e a volta às aulas presenciais neste momento de pandemia, todos planos do governo da direita contra a população.