Um estudante negro de licenciatura em artes da UFGRS teve sua matrícula cancelada porque perdeu o prazo da data de avaliação da comissão de aferição por não ter acesso à internet, concretizando o verdadeiro obejtivo destes mecanismos usados pela burocracia dentro das universidades, que visam alunos pobres e oriundos da classe trabalhadora, deixando claro também as reais intenções impostas pelo alto escalão do governo e seus planos para a população.
O caso da UFRGS acende também o alerta para a situação do ensino remoto, uma vez que esclarece o fato de que a universidade não terá problema com a exclusão de alunos que porventura não puderem acompanhar os ritos burocráticos exigidos, inclusive dificuldade ou mesmo inexistência de acesso à internet.
Em meio à crise da pandemia mundial, observamos cada vez mais descaradamente a irracionalidade e a irrealidade dos governantes do País. Serviçais dedicados da burguesia brasileira e imperialista, ao invés de acionar todos os recursos de enfrentamento necessários para resolver a crise sanitária, agora despendem força e energia para assegurar um e continuar o ataque às classes menos favorecidas, desmontando todo e qualquer direito mínimo conquistado pela base. Um exemplo claro dessa política têm sido o avanço do ensino a distância, agora nomeado disfarçadamente de ensino remoto, que exclui e dilacera a educação pública de forma brutal da população.
Nesse sentido, sabe-se que ataques desta natureza aos estudantes mais pobres não são uma novidade mas tem se aprofundado juntamente com todas as outras questões que dividem e distanciam as classes sociais dentro do Brasil, e isso pode ser observado de forma mais clara e evidente, como já dito antes, nos momentos em que a população se encontra mais vulnerável e completamente sem proteção. Dessa forma a classe opressora usa de todas as suas articulações para enganar e por em prática seus planos com a falsa promessa de mundo igualitário.
Finalmente, fica evidente o plano de governo atual e para quem governa, afinal de contas quanto menos pessoas nas universidades e quanto mais alienada a massa popular entrando no mundo trabalhista, mais as chances de manter a ditatura burguesa acessa, excluindo a maior parte da base popular ao acesso a vida e aos direitos básicos. Os estudantes precisam se organizar por meio de comitês para formar uma mobilização geral contra o ensino à distância e a destruição do espaço universitário, em torno do Fora Bolsonaro, o qual possibilita o plano imperialista para a educação. Pela abertura do acesso ao ensino superior e a formação do governo tripartite nas universidades.