Desde terça-feira (24) estudantes de pelo menos 10 cursos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) ocupam o bloco 6 da instituição como forma de protesto à implantação do projeto Future-se.
Como já denunciamos aqui em nosso diário, o único objetivo desse projeto é privatizar as universidades, restringindo mais ainda o acesso da classe trabalhadora às instituições públicas.
A manifestação foi deliberada em assembleia estudantil e é aberta a toda comunidade. No local, estão presentes dezenas de estudantes, que estão promovendo eventos de formação e debates políticos. Segundo eles, a manifestação não tem data e nem horário para terminar, já que a reitoria adiou uma reunião marcada com a comunidade acadêmica, para a próxima terça-feira (31).
“O reitor se mostrou propenso a aceitar a participar do Future-se e somos completamente contra esse projeto. Entendemos que esse adiamento sobre sua decisão foi uma forma de desmobilizar os estudantes, então decidimos em assembleia pela ocupação”, relatou um aluno.
Os estudantes também alegam que a reitoria da UFMS teria autorizado o corte do fornecimento de energia no bloco, deixando os manifestantes no escuro desde terça-feira às 23:00.
Uma série de medidas de segurança estão sendo adotadas pelos alunos, pois segundo os mesmos, já foram perseguidos pela reitoria em protestos anteriores.
Eles contam também com o apoio de vários professores e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Fundação UFMS e IFMS (Sista), que prometeram resolver a questão da luz o quanto antes.
A exigência dos manifestantes é que a UFMS não faça parte do projeto Future-se. Enquanto a reitoria não se posicionar contra o projeto, o bloco seguirá ocupado e os estudantes continuarão resistindo.
Essa é a única medida de enfrentamento e combativa para vencer o governo inimigo da educação, de Jair Bolsonaro, que quer acabar com a universidade pública. Todas essas medidas de austeridade aplicadas pelo governo golpista nas universidades públicas em todo o país são parte de um projeto de desmonte do ensino público, que visa entregá-lo ao capital privado.