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Crise econômica

UE reconhece que “ajuda” a países será para escravizá-los

União Europeia anuncia ajuda a países pobres da zona do Euro, mas avisa: "não será almoço grátis"

O comissário europeu Johannes Hahn deixou claro, em entrevista concedida à Euronews portuguesa, que a ajuda dos países do norte da União Europeia (UE) aos países do sul não será um almoço grátis, serão cobradas contrapartidas, ao contrário dos subsídios pleiteados pelos países ditos frugais, como Portugal, Espanha, Itália, dentre outros. Hahn afirma que a urgência da situação requer medidas rápidas e prevê um acordo para julho.

A situação econômica da Europa já não era boa desde a crise de 2008, tornou-se ainda pior com pandemia de coronavírus, sobretudo em países ao sul do continente. O plano de recuperação econômica proposto pela União Europeia prevê um aporte de até 500 bilhões de euros, cerca de 3 trilhões de reais, contudo o dinheiro deverá ser aplicado seguindo rígidas normas definidas pelos concedentes dos empréstimos, via de regra em benefício dos grandes capitalistas.

A exigência de contrapartidas, destacada na fala do comissário, nada mais são que reformas neoliberais, e confirmam caráter imperialista e parasitário por trás da iniciativa. Hans diz que não se trata de uma oposição entre países do norte e países do sul, mas que os empréstimos são um investimento com vistas a um melhor desempenho da economia europeia.

A Grécia, por exemplo, sabe muito bem o que significa pagar os “investimentos” dos grandes bancos da União Europeia. Em função de dívidas contraídas no pós 2008, se viu obrigada a aplicar o receituário neoliberal na última década, e adotou uma dura política de austeridade fiscal, que destruiu programas sociais, realizou reformas reduzindo a participação do Estado na economia, promoveu privatizações e demissões em massa no serviço público, entregando setores estratégicos para empresas multinacionais.

Os efeitos da aplicação de políticas neoliberais já é bastante conhecido não só na Grécia, mas em boa parte da América Latina, inclusive no Brasil. Em 2017, um estudo publicado pela revista New Political Economy mostrou aumento nas disparidades sociais na maioria dos países que adotaram políticas de austeridade. No Brasil, a política neoliberal aplicada pelo PSDB nos anos 90 provocou um empobrecimento geral da população e causou grande dependência de investimentos estrangeiros.

As consequências do acordo que pode ser fechado em julho, poderá significar para a classe trabalhadora europeia, o último prego no caixão da política de bem-estar social, que vigorou na Europa no pós guerra, contudo devemos considerar que mesmo os países mais pobres da Europa encontram-se num estagio de desenvolvimento mais avançado do capitalismo, e portanto possuem uma classe operária mais politizada e organizada, o que certamente é um componente potencialmente explosivo.

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