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Ajuda ou entrega da soberania?

UE pode dar 500 bi de euros aos bancos para “salvar a economia”

França e Alemanha assinam tratado, que, sob a promessa de ajudar países comprometidos pelo covid19, não fazem mais do que pensar em uma nova velha forma alternativa de dominação.

Segundo um comunicado conjunto dos governos da Alemanha e da França desta segunda (18), um ambicioso, temporário e direcionado fundo de estímulo de 500 bilhões de euros (3,1 trilhões de reais) deverá ser criado com o objetivo de apoiar uma recuperação sustentável que restaure e fortaleça o crescimento na União Eueopria, e que deverá fazer parte do próximo orçamento da UE.

A proposta veio à público por manifestação direta da chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e do presidente da França, Emmanuel Macron, que segundo explicou, a Comissão Europeia deve usar o peso do bloco para financiar esse estímulo, tomando empréstimos dos mercados “em nome da UE”. Esse dinheiro será então transferido para “despesas orçamentárias” dos países europeus e “para os setores e regiões mais afetados”, destaca o texto.  E não se trata de uma doação, pois o dinheiro será progressivamente reembolsado. 

Os dois líderes disseram que buscarão um “acordo rápido” com outros membros da UE para aprovar o fundo de recuperação. Tal proposta, no entanto, deve encontrar resistência de alguns países mais fiscalmente conservadores do bloco, como a Holanda.

O presidente francês reconheceu que um acordo franco-alemão sozinho “não significa um acordo dos 27 Estados-membros”. Segundo ele, a Comissão executiva da UE deve em breve apresentar a sua própria proposta aos países do bloco. “Esperamos que o acordo franco-alemão possa ajudar”, disse.

Segundo a chanceler, o custo do pacote será proporcional à contribuição de cada país para o Orçamento comunitário e seu pagamento será diluído a longo prazo, provavelmente para depois de 2027. Dessa forma, a Alemanha deve arcar com 27% dos custos. O dinheiro então será distribuído em forma de dotações para os países mais necessitados, de acordo com Macron.

A exemplo do que aconteceu no pós-guerra em 1947, boa coisa não vem por aí.  Naquela época o imperialismo norte-americano criou o plano Marshall, que, além de uma compensação mercadológica bastante lucrativa, plantou a sua influência política e ideológica de combate ao comunismo marcado pela força crescente da URSS, tendo, como desdobramentos importantes a criação da OECE (Organização para Cooperação Econômica Europeia) e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte): a primeira teve o objetivo de coordenar a distribuição dos fundos empregados pelos EUA e integrar os países europeus diretamente envolvidos com os investimentos;  a segunda, a OTAN, era uma aliança militar que tinha por objetivo integrar militarmente e consolidar a estrutura dos Estados-Nação europeus financiados pelo Plano Marshall. 

Sem dúvida alguma, França e Alemanha, tentam fazer o mesmo, buscando enriquecer os seus bancos,  os mais fortes da UE, por um viés mercadológico bem afeito às questões da saúde, também com claro desdobramento no endividamento das nações que aderirem ao fundo, de quem serão sugadas todas riquezas em nome de uma dívida sem fim. E  disseminarem uma política econômica neoliberal como a que já vem sendo praticada por eles, e quem sabe, dominarem a UE de forma decisiva, incluindo um poderio militar que satisfaça suas diretivas.

Como é fácil de deduzir por experiência própria nossa no Brasil, um fortalecimento da UE em torno de uma política neoliberal das mais perniciosas como as que representam França e Alemanha, não pode render qualquer benefício para a classe trabalhadora europeia, muito pelo contrário. Um pacote fiscal de austeridade como vimos acontecer nos governos de direita, na Europa e para todo lado, também com crescimento da extrema-direita, nos levando a perdas de conquistas importantes como aposentadoria, programas sociais, jornadas de trabalho, achatamentos salariais, e etc.  Isso, e nada mais, é sem dúvida o que podemos esperar com todo esse jogo de cena que promete solidariedade e respeito às soberanias nacionais.

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