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Cerco à Venezuela continua

UE envia dois diplomatas para julgar Maduro, é ditador ou não é?

Logo depois de Maduro denunciar a política de rapina do imperialismo norte-americano e a UE na ONU, a UE envia diplomatas para tentar intevir nas eleições de dezembro na Venezuela

A União Europeia (UE) e o imperialismo norte-americano, que têm protagonizado os informes políticos relacionados com a Venezuela, são também quem dão conta da mais recente notícia, em cuja estória traz no seu enredo dois diplomatas enviados pela UE, preocupada com as eleições da Venezuela marcadas para dezembro, e uma tentativa de articular com a oposição e a burguesia venezuelana, e a igreja, alternativas para derrubar Maduro, certamente.

Em suas agendas de trabalho na Venezuela, os diplomatas anunciaram que a prioridade é dar continuidade aos contatos com o governo, com a oposição, com a sociedade civil do país,  e a igreja para discutir formas de realizar eleições legislativas “justas e livres”. Além disso, contestam o líder na UE da linha conservadora, Manfred Weber, que, diferente do que diz, não se trata de uma missão clandestina para legitimar o governo Maduro, mas, tão somente, do Serviço de Ação Estrangeira cumprindo com a sua função, declarou Nabila Massrali, que falou em nome de Borrell. 

As eleições a que se referiu a diplomata, responderá pelo mandato de parlamentares para  2021/2026, e teve a data confirmada pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela para o dia 6 de dezembro, quando serão eleitos 277 deputados para a Assembleia Nacional, com um expressivo aumento de cadeiras de 60% em relação às atuais 167. O parlamento tem na sua maioria, a bancada opositora ao regime de Maduro, opositor, que assumiu a presidência do legislativo nos últimos cinco anos.

Outra alteração também para essas eleições, se trata da modificação implementada pelo poder eleitoral na forma de escolher os representantes: 52% serão escolhidos por um esquema de listas enviadas pelos partidos e 48% por voto nominal. Ambas as novidades foram estabelecidas a partir de acordos assinados entre governo e oposição. 

Não obstante isso, as eleições serão boicotadas por 27 partidos da oposição que acompanham a decisão de Guaidó, cujo entendimento é de que a eleição é um jogo de cartas marcadas e uma verdadeira fraude, e que, por isso mesmo, não só não participará das Eleições, como apela para a comunidade estrangeira para que a rechace.

Na verdade, estes acontecimentos são consequentes ao discurso que maduro fez na 75ª Assembleia da ONU, onde denunciou o embargo econômico promovido pelo Imperialismo Norte-Americano.

No seu discurso, Maduro lembra que a Venezuela tem mais de 30 bilhões de dólares apreendidos, congelados e sequestrados em contas nos Estados Unidos e na Europa, e um embargo econômico que atinge as empresas e o Governo que comercializa qualquer bem ou serviço por lá, seja alimentos, remédios, combustíveis, aditivos necessários para produzir gasolina, entre outros.

Basta lembrar que, já em 2018, o Bank of England (“Banco da Inglaterra”) se recusava a devolver mais de 550 milhões de dólares em ouro para a Venezuela, negando o pedido de repatriação de Maduro do ouro guardado lá, e que serviria para ajudar a Venezuela na resistência ao cerco produzido pelo embargo imperialista.

Maduro garantiu que a Venezuela está preparada para lidar contra qualquer agressão criminosa e desumana. Em sua fala, Maduro ainda disse que: “A Venezuela se preparou para superar este bloqueio aos Estados Unidos, é uma batalha pela paz, pela pátria, pela região, pela humanidade, onde nosso heróico povo assumiu, como no passado, seu papel histórico diante da ignomínia do império mais perigoso da história universal “. Ele também exigiu o fim das medidas coercivas e unilaterais que, acima de tudo, impede que haja uma luta franca e decisiva contra o Covid19, sendo uma ofensa aos direitos humanos consagrados mundialmente e promovidos pelos estatutos da própria ONU.

A missão que é recebida na Venezuela também acontece depois das trocas de farpas que levou Nicolás Maduro a expulsar a embaixadora da União Europeia no país, Isabel Brilhante Pedrosa, horas depois de Bruxelas anunciar sanções contra 11 dirigentes considerados próximos ao regime, entre eles o opositor dissidente Luis Parra.

Com razão Maduro, pois a UE penalizou o presidente da AN da Venezuela, Luis Parra e outros dez políticos, depois de acusá-los de “agir contra o funcionamento democrático” do Parlamento e de “despojar” a imunidade ao ex-titular Juan Guaidó. 

Maduro explicou que a resolução da UE foi no sentido de punir a direção da Assembleia Nacional (AN) por se negar a cumprir ordens da Embaixada da UE em Caracas. Segundo entendimento de Maduro, a União Europeia agiu de acordo com os desígnios do Presidente dos EUA que pretende apoio a Guaidó, chamado por ele de fantoche de Trump, rechaçado do controle da AN por uma articulação política, uma manobra bem sucedida dos Chavistas, que colocou Luis Parra no seu lugar de presidente do órgão constituinte.

A volta da missão, embora seja recebida em paz, traz as mesmas intenções de apoiar o imperialismo norte-americano, como fez antes, e, de alguma forma, fortalecer a oposição e a sua política de combate ao Chavismo, reforçando a tese de Guaidó, porta-voz do imperialismo, de que a eleição será uma fraude.

Esse tem sido o empenho da política de rapina do imperialismo norte-americano, que tenta jogar a opinião pública manchando a honra, a dignidade e a moral de Maduro e do Chavismo, para obter o apoio popular para aderir à oposição e começar a já conhecida revolução colorida, que mais não é do que um golpe muito bem arquitetado.

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