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Socorrendo a burguesia

UE aprova pacote de 1,8 tri de euros para salvar os capitalistas

Após longa discussão, o valor acordado para salvar os capitalistas em meio a crise foi de mais de € 1,8 trilhão, o que equivale a R$11,4 trilhões, maior que o PIB brasileiro.

A crise do capitalismo está cada vez mais intensificada no mundo todo, para o desespero dos grandes capitalistas e a burguesia. Com isso, crescem os esforços para salvar a pele daqueles que apenas exploram a população trabalhadora e o Estado, com medidas que significam cada vez mais exploração da classe proletária e a manutenção dos lucros capitalistas mesmo diante da crise. O último episódio envolvendo esse tipo de medida foi a reunião do bloco da União Européia na última semana que decidiu quais rumos seriam tomados para “salvar” a economia européia após a pandemia.

O encontro entre os líderes dos 27 Estados-membros começou na última sexta-feira (17) em Bruxelas, e só foi chegado a um acordo na madrugada desta terça-feira (21). Após a longa discussão, o valor acordado para salvar os capitalistas em meio à crise foi de mais de € 1,8 trilhão, o que equivale a R$11,4 trilhões, maior que o valor alcançado pelo PIB brasileiro em 2019. Do montante, € 390 bilhões serão destinados a fundo perdido (ou seja, dinheiro dado que não precisa ser devolvido) e € 360 bilhões para empréstimos com juros mais baixos que os encontrados no mercado internacional. Os países que solicitarem os empréstimos terão 30 anos para quitar sua dívida, contando a partir de 2028.

Os valores astronômicos, maiores até que muitos PIBs de vários países do mundo demonstram o desespero da burguesia diante da crise, e a pandemia é utilizada frequentemente para justificar a exploração burguesa sobre o Estado e sobre os trabalhadores. A cada dia o número de trabalhadores prejudicados pelas medidas tomadas pela burguesia em meio à crise cresce ainda mais, o desemprego bate recorde no mundo todo, as estimativas de crescimento econômico não são animadoras e cresce também o número daqueles que estão na linha da pobreza e em situação de fome e vulnerabilidade alimentar. Muito se engana quem pensa que os números apresentados como a verdadeira salvação da economia européia vão beneficiar a vida dos trabalhadores, tudo não passa de um pretexto para que os lucros dos grandes capitalistas se mantenham e a classe trabalhadora continue pagando por uma dívida e crise que não é sua.

Enquanto os grandes capitalistas do mercado financeiro, dos bancos e das grandes empresas recebem o socorro do Estado burguês, os trabalhadores precisam lidar com demissões em massa, diminuição de salários, ambientes cada vez mais precários para se trabalhar e sendo obrigados a se sujeitarem a isso, afinal ou se trabalha nessas condições ou se passa fome, pois o Estado controlado pela burguesia também não oferece o amparo necessário para que os trabalhadores consigam viver dignamente, ou seja, enquanto os capitalistas recebem o “socorro”, os trabalhadores precisam aceitar o que tem para não morrerem de fome, isso quando a fome não chega, afinal nem todos terão a oportunidade de conseguir um emprego dentro do atual cenário mundial.

O estágio em que a crise do capitalismo se encontra só demonstra ainda mais como esse sistema é excludente, desigual e prejudicial à vida dos trabalhadores, e que a luta de classes está cada vez mais acirrada e polarizada no mundo todo, por mais que hajam esforços numa tentativa de conciliação de classes. O sistema capitalista e o Estado burguês só beneficiam uma pequena bolha dentro dos mais de 7 bilhões de habitantes do planeta. Um claro exemplo aconteceu recentemente, onde de um lado vemos milhões de pessoas no mundo todo passando fome, perdendo renda e emprego e mesmo em meio a uma crise sem precedente Jeff Bezos, proprietário da grande capitalista Amazon lucrou em apenas um dia U$13 bilhões.

As medidas adotadas por grandes nações imperialistas e pelo Estado burguês, independente de onde elas ocorram tem um claro objetivo, salvar os grandes capitalistas enquanto a classe operária recebe verdadeiras migalhas numa tentativa de evitar a convulsão social, que na verdade é inevitável. Somente com a construção e a luta por um governo operário os trabalhadores serão capazes de se livrarem de seus algozes e da sua exploração permanente, para que assim deixem de pagar pelas crises burguesas e consigam uma sociedade mais justa entre os trabalhadores.

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