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UDR: ex-chefe de milícia fascista a serviço de latifundiários relata como são praticados os crimes contra os sem terra

Após arrepender-se e ser descartado, um ex-pistoleiro e da União Democrática Ruralista (UDR) deu entrevista ao Repórter Brasil onde explica como era organizado um verdadeiro exército clandestino a serviço dos fazendeiros.

Nabhan Garcia

Osnir Sanches chegou a ser condenado a 14 anos de prisão pela execução de um militante do MST, em 1998, mas foi solto após um mês graças a um habeas corpus. Ele era chefe de segurança da UDR, organização criada em 1985 para lutar contra os sem-terra. A organização era liderada por Luiz Antoni Nabhan Garcia, que hoje é o secretário do Ministério da Agricultura responsável pela reforma agrária e demarcações de terras indígenas e quilombolas.

Osnir conta como funcionava a UDR, onde trabalhou por 3 anos. Os fazendeiros financiavam e treinavam células armadas, que saíam em missões para expulsar os sem-terra de fazendas ocupadas. Foi numa destas operações que assassinaram o camponês Sebastião Camargo, de 60 anos, pai de 5 filhos. Sebastião foi morto em frente a diversas testemunhas mas o autor do disparo, Marcos Prochet, presidente da UDR, apesar de condenado por 2 júris, teve a sentença anulada e seguiu em liberdade.

Em 2004, Nabhan era investigado e precisou depor em Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigava os crimes cometidos contra moradores do campo. Entretanto, a bancada ruralista comandava a comissão e inocentou Nabhan. O relator da CPMI era Abelardo Lupion, um dos fundadores da UDR, filiado ao DEM. O vice-presidente era Onyx Lorenzoni, atual ministro da Casa Civil de Bolsonaro, também do DEM.

O regime golpista deu novo fôlego aos latifundiários fascistas. É graças a estes criminosos que a escalada de violência no campo voltou a aumentar. Indicado por Nabhan, hoje temos um general presidindo o Incra, cuja primeira medida foi suspender todos os processos de demarcação e reforma agrária. Os pequenos agricultores, quilombolas e sem-terra precisam se organizar em comitês de autodefesa para resistir à ofensiva fascista, junto com todas as organizações de luta dos trabalhadores do campo e da cidade.

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