Da redação – Na última terça-feira a UFTM confirmou de fato sua participação na greve nacional da educação, por meio de assembleia estudantil. A assembleia deliberou a realização de dois atos durante o dia de paralisação, um pela manhã e outro pela tarde. Esta foi uma decisão arriscada, no sentido de que a mobilização unificada com as centrais sindicais tomou rumos fragmentados, mas conforme votação dos estudantes, assim se realizou.
Foi tirado que nesse dia seriam feitas mobilizações durante o dia inteiro entre cada ato, na tentativa de convocar mais pessoas a somarem na luta contra os cortes impostos pelo governo fraudulento de Bolsonaro. Durante a manhã foi feita concentração em um dos campus, onde se confeccionou faixas e cartazes, logo em seguida o ato saiu em passeata em direção a Praça Rui Barbosa, onde ocorreram falas dos estudantes e docentes e demais organizações presentes. No período da tarde se seguiu a mesma lógica, possibilitando que milhares de pessoas fossem mobilizadas ao longo de todo o dia.
É preciso ressaltar que as manifestações que se realizaram em todo o país, bem como em Uberaba, representam uma grande impulsão de mobilizações contra o governo Bolsonaro, e que isso colocou o mesmo na corda bamba. Nesta quarta-feira, foi notável que as lutas parciais não apontam o caminho de derrota do golpe e do bolsonarismo, mas que somente a mobilização diante de uma política que vise a derrubada do governo vigente será capaz de barrar todos os ataques que estão sendo promovidos.
A UFTM tem um histórico recente no movimento estudantil, no momento em que o cenário político se encontra, a tendência a mobilização dos estudantes está mais que colocada, logo a sua organização deve ser retomada com força total. Mas do que isso, é preciso direcionar a luta para um caminho que aponte a derrota do governo Bolsonaro e de todos os golpistas.