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Uber: caindo na realidade

Há dois anos o transporte por aplicativos, tipo Uber, Cabify, Lady Driver, Easy Taxi e 99, receberam uma enorme publicidade se aproveitando a onda direitista liberal, incentivando as pessoas a utilizarem ou a comprarem o próprio carro novo ou zero para atuar neste mercado.

O novo mercado gerou inúmeros conflitos com taxistas pelo país afora, em virtude da diferenciação de impostos entre as duas categorias e também pelo aumento da concorrência gerado.

O novo mercado aproveitou a onda golpista, para propagandear ainda mais a ilusão capitalista em parcela da população, em especial de classe média, com discursos veiculados amplamente pela imprensa em geral, do tipo “Seja o patrão de você mesmo!”. Situação esta que já era uma enorme fraude, visto que cada motorista de aplicativo é expropriado em 25% de todos os seus ganhos, de cada “corrida” que realizar aos verdadeiros patrões da Uber, da Cabify, Easy entre outras. Além de muitos relatos de motoristas que chegam a jornadas estafantes de mais de 16 horas por dia.

Estimulados pelo desespero ou pela fraude, milhares de pessoas adquiriram carros zero e grande parte destes hoje em dia já se encontra em situação de litígio, com seu bem, sofrendo a possibilidade de “busca e apreensão” em virtude de não estarem conseguindo arcar com as altas parcelas de seus veículos novos e pequenos ganhos com os aplicativos de transporte.

Para dificultar ainda mais a vida destes motoristas, começou ontem, segunda-feira (29) a aplicação de multas, por cerca de 94 fiscais contra todos os motoristas que trabalham com o transporte de aplicativos e que não atenderem novas regras impostas pela Prefeitura de São Paulo.

Uma das mudanças que tem gerado revolta aos motoristas é a proibição de carros com placas de outras cidades da Grande São Paulo, como Guarulhos, de circularem na capital paulista.

Os motoristas de outras cidades só poderão trazer passageiros para São Paulo, não poderão fazer o inverso pegar passageiros em São Paulo e levá-los para outros municípios, situação que logo se expandirá para todos os municípios criando suas próprias zonas de delimitação para a utilização do mercado. Centenas de motoristas destes municípios já tiveram de recorrer a advogados e estão trabalhando com o uso de liminares expedidas pela justiça.

Outra exigência é um curso de qualificação obrigatório, que muitos motoristas ainda não fizeram em virtude de ser um novo gasto,  que já serão exploradas pelas próprias empresas do ramo e que está em fase de implantação pelos aplicativos de transporte. Uma das questões que serão exploradas comercialmente pelas empresas do ramo de aplicativos é a seguinte situação, o curso de uma empresa poderá não valer para as outras, se o motorista quiser mudar de aplicativo. Por exemplo se o motorista fizer o curso pela Uber para ter a concessão do Conduapp (Certificado para condutores de aplicativos)este poderá valer somente para a Uber, obrigando os motoristas a ter um curso para cada aplicativo.

Outras regras:

Deverá apresentar documentos básicos, como a CNH (já era exigido antes das novas regras);

Realização do curso de treinamento para condutores com carga horária de 16 horas a distância.

Não será permitido o uso de camiseta esportiva ou regata, moletom ou calça esportiva, chinelos, jaquetas de times, clubes e associações;

Comprovante de contrato de seguro que cubra acidente envolvendo passageiro;

Seguro obrigatório (DPVAT);

Idade máxima do veículo de 7 anos para motoristas que se cadastraram até julho de 2017. Para os que se cadastraram após essa data, só serão aceitos carros com 5 anos de fabricação;

Adesivo no para-brisa indicando para quais empresas de aplicativo o motorista presta serviço;

Licenciamento obrigatório na capital paulista;

Realização de inspeção anual, como acontece com taxistas, gerando mais um custo que sairá do bolso do próprio motorista.

As novas regras valem apenas para motoristas do estado de São Paulo, no entanto, rapidamente será um modelo adotado por todos os estados brasileiros.

Tais mudanças somente reforçam o fim das ilusões de muitos que foram incutidas em parcela da população, pela imprensa e empresariados golpistas do país, com discursos do tipo “Seja seu próprio chefe!”, ou, “Seja o patrão de si mesmo!”. Quando na verdade o que ocorre com os motoristas de aplicativos, vivendo dentro do atual regime econômico é: “Você é o novo escravo dos capitalistas dos transportes por aplicativos!”

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