Da redação – O ex-governador do Rio Grande do Sul, ex-prefeito de Porto Alegre e ex-ministro do governo Lula (PT), Tarso Genro, na posição de um dos líderes da ala direita do Partido dos Trabalhadores pelo “Plano B” no pleito findado, saiu em ataque à posição da presidenta do partido, Gleisi Hoffmann – da ala à esquerda -, que afirmou sua intenção em lutar pela liderança de Fernando Haddad na “Frente Democrática”.
Vamos lembrar, que Tarso Genro, além de ser pai de Luciana Genro (PSOL), defensora de Sergio Moro e da Lava Jato golpista que está caçando a esquerda, é o líder do Plano B que defendia Boulos – pois haviam os que defendiam Ciro dentro do PT -, e sendo assim, não tem respaldo para “dar aulas” de direcionamento político para Gleisi Hoffmann. A presidenta do PT, inclusive, é uma das que mais lutou e luta pela liberdade de Lula, dentro do PT, e denunciou o golpe contra Dilma, na denúncia da Lava Jato, dos golpistas, dos militares, tudo que Tarso nem sequer passou perto de fazer enquanto petista.
A senadora do PT apenas expressou algo óbvio no que se trata de formação de frentes: o maior partido acaba se impondo por diversos motivos, pela sua grande base social, pela sua liderança ou pela sua política.
Como as Frentes Populares são compostas por diversos partidos, movimentos sociais, elas se dão em torno de uma pauta política em comum, que, neste momento deveria ser “Liberdade para Lula”, “Fora Bolsonaro”, assim, elas dificilmente ficam debatendo um programa político dentro dessa organização ampla.
O PT vem mudando sua posição para agradar sua burguesia desde que Lula foi preso, mudando cores da campanha, influenciados por essa ala direita, “planobezista”, defensora de Boulos, de Ciro, e que, devemos deixar claro, quer entregar a liderança do movimento nas mãos de partidos direitistas como PSB e PDT onde esta o “grande articulista” na luta contra o golpe?
O momento é de lutar pela liberdade de Lula, que sofrerá com mais processos, e, principalmente, contra o avanço da extrema-direita contra a população com a eleição fraudada de Jair Bolsonaro. É preciso mobilizar as bases do movimento operário para tomar as ruas, algo que Tarso Genro há muito esqueceu o que significa, não comparecendo em nenhuma mobilização pela liberdade do líder preso político de seu partido.
Veja o twitte do defensor do “Plano B” que abandonou Lula:
"Exercer o papel de articulador da frente democrática", disse Gleisi, "nomeando" Haddad? E ele tem méritos para isso! Mas o correto não hegemonista, não seria dizer: "Haddad buscará, pelo PT, as lideranças para discutir a formação de uma Frente? (Sem designar o "articulador")
— Tarso Genro (@tarsogenro) October 30, 2018