Como se não bastasse as fraudes feitas pela direita durante o processo eleitoral, a esquerda ainda tem de sofrer a perseguição política no período após o primeiro turno. Chovem matérias na imprensa golpista “culpando” o nordeste por votos ao PT. Isso nos faz lembrar as eleições de 2014, onde a divisão norte-petista e sudeste-coxinha aconteceu como nessa eleição.
Devemos rechaçar esses ataques racistas e bairristas dos eleitores coxinhas do sudeste. Isso não passa de uma espécie de racismo e preconceito contra o povo nordestino. A direita diz que o nordeste por ser “menos desenvolvido” que o sudeste estaria propenso a corrupção e ao voto de cabresto.
Sabemos que o caráter fraudulento das eleições tende a distorcer a legitimidade dos eleitores no Brasil inteiro. O voto do povo nordestino não é mais corrupto ou menos importante que o voto do sudeste. Essa crítica fascista ao voto nordestino chega até a ser algo criminoso haja vista que a constituição assegura que todos somos iguais perante a lei.
Podemos tirar uma lição desses ataques fascistas. A de que esses eleitores, tanto os bolsonaristas quanto os coxinhas do PSDB são “farinha do mesmo saco”. Podemos observar esse bloco golpista atuando em conjunto através das declarações de João Dória (PSDB) apoiando Bolsonaro no segundo turno.
Isso não surpreende os militantes do movimento operário que sabem discernir muito bem a diferença entre esquerda e direita no cenário político apesar da insistência de analistas políticos da burguesia de que essa distinção topológica não faz mais sentido.