O tribunal de apelações do Reino Unido decidiu à favor do Banco Central da Venezuela (BCV), autoridade monetária do governo Nicolás Maduro, no caso da “disputa” do ouro depositado no Banco da Inglaterra que, após o reconhecimento do governo Reino Unido reconhecer como presidente da Venezuela o golpista e ilegítimo, Juan Guaidó, o que permitiu que a justiça de primeira instância lhe concedesse o acesso aos cerca de 1 bilhão de dólares.
Os juízes da corte afirmaram que o reconhecimento de Guaidó seria “ambíguo ou, pelo menos, menos do que inequívoco”. O governo da Venezuela reclama o direito ao acesso dos recursos do país, principalmente, para uso no combate à COVID-19, o que já vem sendo dificultado pelo ilegal bloqueio econômico imposto pelos EUA e pelo confisco criminoso de patrimônio de empresas estatais venezuelanas no exterior, como os ativos da PDVSA.
A vitória no tribunal é mais um capítulo da disputa iniciada à partir das sanções econômicas dos Estados Unidos em 2012, que não reconhece o governo da Venezuela, da revolução bolivariana, eleito em 2018 por cerca de 70% da população.