O Brasil, no ano de início da pandemia, ou seja, também foi um ano onde o governo mais escondeu a situação da escravidão no país, os indicadores dessa situação foram à diminuição de verba para esse fim e, a diminuição de fiscais, no entanto, os dados oficiais, que estão muito aquém da realidade, mostram que 942 trabalhadores escravos foram resgatados nesse ano de 2020.
Para ter a dimensão do quadro apresentado no governo ilegítimo do fascista Bolsonaro deixou os latifundiários, as indústrias que os envolve à vontade para agir como bem quisessem. E o resultado disso foi aumento de invasões, grilagens de terras, reservas indígenas e total liberdade para os empresários, no que diz respeito às legislações trabalhistas, num ataque às conquistas históricas dos trabalhadores, rasgando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) etc..
A cada ano que passa, nesse governo a verba destinada à fiscalização sendo reduzida cada vez mais. Os valores de fiscalização caíram de R$ 55,6 milhões, em média, entre 2013 e 2018, para R$ 29,3 milhões no ano passado, e a previsão orçamentária para 2021 é de apenas R$ 24,1 milhões.
Mesmo nessas circunstancias foram resgatados em várias regiões do país 942 trabalhadores escravos.
Conforme a Subsecretaria de Inspeção do trabalho foram 266 fiscalizações pelo país feitas pelos Auditores-Fiscais do Trabalho, também conquistaram na Justiça um total de R$ 3.063.596,48 de verbas salariais e rescisórias e a formalização de 1.267 contratos de trabalho durante as operações de combate ao trabalho escravo.
Os dados oficiais das ações de combate ao trabalho análogo ao de escravo no Brasil estão disponíveis no Radar do Trabalho Escravo da SIT. As informações também foram divulgadas pelo Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait).
A maior parcela de casos de trabalho escravo foi registrada por equipes de 13 unidades regionais da Inspeção do Trabalho, na Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo. O Grupo Móvel encontrou exploração de trabalho análogo à escravidão em 11 das 15 unidades de Federação onde atuou nas áreas urbanas e rurais.
Minas Gerais foi o estado com mais ações fiscais de combate ao trabalho escravo no país, com 63 empregadores fiscalizados e com maior número de trabalhadores resgatados (351). Assim como em 2019, o maior resgate de trabalhadores em um único estabelecimento em 2020 ocorreu no Distrito Federal, onde 78 trabalhadores estavam trabalhando em condições degradantes para uma seita religiosa.
Perfil social dos escravos resgatados
Em relação ao perfil social das pessoas resgatadas em 2020, dados do seguro-desemprego do trabalhador resgatado mostram que 89% eram homens; 64% tinham entre 18 e 39 anos; 70% residiam nas regiões sudeste ou nordeste; 44% tinham nascido na região nordeste e 77% se autodeclararam negros ou pardos, 18% brancos e 5% indígenas. Quanto ao grau de instrução, 21% declararam possuir ensino médio completo, 20% haviam cursado do 6º ao 9º ano e outros 20% até o 5º ano. Do total, 8% dos trabalhadores resgatados em 2020 eram analfabetos.
Além de brasileiros, ocorreram resgates de trabalhadores de outras nacionalidades, cuja maioria era de latino-americanos, sendo 15 paraguaios, 10 peruanos, oito venezuelanos, cinco bolivianos, dois chineses e uma filipina.
A satisfação do fascista Bolsonaro é de ver o conjunto dos trabalhadores feito escravos, aos moldes do período colonial, por isso vem destruindo toda e qualquer lei que possa dar qualquer garantia aos trabalhadores, mínimas que seja, por isso, desde janeiro de 2019 vem cortando as fiscalizações feitas pelos fiscais públicos, deixando a cargo dos próprios patrões, como vem sendo feito nas indústrias frigoríficas, criações de animais, como bovinos, suínos, aves, entre outros. Além de impor aos trabalhadores cargas horárias muito acima do permitido, bem como, trabalhos aos domingos e feriados, nas piores condições de trabalho imagináveis.
É necessário, no entanto, um trabalho intenso das direções do movimento operário, da cidade e do campo, em um plano de luta que imponha uma derrota ao Bolsonaro que, nesse momento é o representante dos patrões, tanto da indústria quanto dos latifundiários.
Desta forma, é preciso travar uma luta pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas.