O Estado reacionário, burguês e escravocrata tem sido cada vez mais o precursor de um atraso inimaginável na vida da classe trabalhadora. Além de aterrorizar a vida dos trabalhadores, o Estado tem se utilizado das pessoas que estão presas para obter mão-de-obra mais barata, ou seja, pessoas que tecnicamente estão foras da ordem burguesa teriam o direito de trabalhar para reduzir suas penas.
Contudo, a realidade dessa proposta aos presidiários é bem diferente. Apesar do “salários” conseguidos à base de trabalho dentro ou fora dos presídios, a realidade não é de pagamentos em dia ou de chances de reclamar por algo que é direito. No estado de Minas Gerais, por exemplo, os presidiários que trabalham em regime semi-aberto estão tendo atraso em seus salários. Em geral, eles trabalham em empresas privadas que têm parcerias com o estado, porém, os salários estão chegando muito atrasados, num completo e descarado descaso por parte do Estado com esses trabalhadores.
Essa não é a primeira que o Estado teria débito com os detentos. Ano passado, em 2018, a própria Defensoria Pública deixou suspenso o programa que era responsável por contratar os detentos, por falta de verbas do governo federal. Isso mostra a verdadeira vontade do Estado em “reinserir” essa população no cotidiano social da ordem burguesa.
O que parece é que essas empresas querem conseguir lucro de uma forma mais fácil, a partir da mão-de-obra barata dos presidiários, como se fosse genuinamente trabalho escravo, afinal, não são pessoas dignas de respeito para a burguesia. Não é um simples atraso de salário, mas sim um claro exemplo de como o Estado trata a classe trabalhadora. Se o governo golpista e escravocrata, eleito à base de uma campanha contra a população carcerária também, trata assim uma população pobre que está encarcerada em verdadeiros campos de concentração, imagine só a classe trabalhadora que está à disposição da burguesia.