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Trabalhar fora aumenta violência doméstica contra mulher

A situação das mulheres na sociedade capitalista é um mar de contradições. Constantemente o senso comum tende a difundir premissas erradas sobre a questão da mulheres, como é o caso da superação da luta das mulheres, colocada muitas vezes como algo que já não é mais necessário, afinal, a mulher já conquistou seu lugar no mercado de trabalho, na política etc. Contudo, essa afirmação não passa de um engôdo, como mostra uma pesquisa recente do Ipea, divulgada na segunda-feira (19), em que é apresentado que as mulheres trabalhadoras são mais suscetíveis à violência, tanto em casa, como na rua.

A pesquisa aponta que a violência chega a atingir 52,2% das mulheres que fazem parte da população economicamente ativa, praticamente o dobro do número de casos de violência contra mulheres que não estão no mercado de trabalho. Segundo Fabiana Paes, da Promotoria de enfrentamento à Violência Doméstica, o rompimento que as mulheres deram entre a esfera pública e privada causa um choque de poder e que “Isso faz com que as mulheres que acabam ocupando o espaço público sejam violentadas. Violentadas, eu digo, sofram algum tipo de violência.”

Ela continua: “Nos transportes públicos, têm ocorrido diversos casos de masturbação, de estupro até mesmo, porque caso de ejaculação eu interpreto como um caso de estupro. Então, é uma forma de dizer para mulher que ela não deveria estar ocupando aquele espaço público. É uma forma de dominação, é uma forma de poder. A mulher rompeu com este paradigma do local que estava escolhido para ela, do lar, a esfera privada, e, a partir do momento que ela ocupa estes outros espaços há um conflito.” Isso significa que dentro do capitalismo, principalmente com governos fascistas, como é o caso do Brasil, haverá sempre uma resistência em permitir que a mulher ocupe espaços públicos e o mercado de trabalho, incentivando assim um aumento da violência contra a mulher, que pode se dar de diversas formas, não só física.

Mulheres são aviltadas de todas as formas possíveis diariamente, seja em casa pelo marido ou no trabalho, com assédios do chefe, e o capitalismo só recrudesce cada vez mais a ideia de que a mulher é inferior, que deve ser tratada como objeto. Sendo assim, o principal algoz das mulheres trabalhadoras é o modelo exploratório chamado capitalismo. É errado atribuir uma culpa individual aos homens, quando o principal causador de tudo é o Estado burguês e capitalista.

As mulheres trabalhadoras precisam se organizar para barrar essas violências e lutar pela derrubada desse modelo econômico, que só visa dar continuidade ao aprisionamento das mulheres e que perpetua tantas violências sobre esse setor oprimido da população trabalhadora.

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