Na última sexta-feira (10), uma grande manifestação tomou conta da Casa da Moeda, sediada em Brasília. A manifestação, que se avolumou e se transformou em uma verdadeira ocupação do prédio, teve início às 15h. Os diretores da Casa da Moeda se trancaram em suas salas e chamaram a polícia, que não conseguiu retirar os manifestantes no primeiro momento. Até o fechamento desta edição, nenhum relato sobre o desfecho da situação havia sido publicado.
O estopim para que os trabalhadores da Casa da Moeda, que já vinham sendo castigados como todos os trabalhadores do país desde o golpe de 2016, ocupassem o prédio em que trabalham foram as declarações do diretor da instituição, Fábio Rito, que alegou, cinicamente, que seria necessário promover cortes para “tornar a empresa competitiva”.
Os “cortes” aos quais o diretor Fábio Rito se refere são os já conhecidos cortes da política neoliberal: verdadeiros ataques contra os direitos dos trabalhadores para enriquecer ainda mais os bolsos dos patrões. Uma série de ataques, no entanto, já havia sido operada contra os trabalhadores da Casa da Moeda, o que mostra a capacidade infinda dos patrões de sugarem toda a riqueza de seus empregados:
- Retirada da insalubridade em cima do piso da casa;
- Retirada do vale alimentação;
- Retirada do cartão remédio;
- Aumento do plano de saúde em 75% para os dependentes;
- Retirada das creches
A ofensiva do governo Bolsonaro contra os trabalhadores da Casa da Moeda, contudo, pretende ser muito mais profunda. Sem o menor disfarce, o presidente ilegítimo, junto com seu ministro da Economia, o igualmente fascista Paulo Guedes, já declarou que irá privatizar a Casa da Moeda. Trata-se de mais um plano nefasto de entrega total do patrimônio nacional aos capitalistas – capitalistas esses que derrubaram a presidenta Dilma Rousseff, prenderam o ex-presidente Lula e dão sustentação para o governo Bolsonaro.
Para impedir a liquidação do patrimônio nacional, é preciso seguir o exemplo dos trabalhadores da Casa da Moeda. É preciso intensificar a mobilização contra o governo Bolsonaro e enfrentar, pelos meios que forem necessários, a direita golpista.