A Frente dos Trabalhadores Unidos do Equador está convocando uma greve geral no País para o próximo dia 18 de maio contra a decisão do governo equatoriano de utilizar o dinheiro do fundo de seguridade social para medidas de combate ao coronavírus.
Segundo informações, o presidente golpista Lenín Moreno anunciou projeto de lei orçamentária que afeta a autonomia do sistema previdenciário.
Além da frente dos trabalhadores unidos, associações camponeses, o sindicato nacional dos professores e até mesmo aposentados das Forças Armadas anunciaram adesão à greve.
As organizações de trabalhadores também anunciaram que a greve será feita com mobilizações nas praças e nas ruas.
Fica claro que os governos da direita estão aproveitando a crise e a pandemia para atacar direitos econômicos básicos dos trabalhadores. Utilizar os recursos da Previdência do povo é uma expropriação gigantesca do dinheiro do povo. Enquanto isso, esses governos distribuem trilhões para os banqueiros, como acontece com o governo igualmente golpista no Brasil.
A decisão das organizações populares de convocar uma greve é decisiva para combater essa política de total roubo. Sem uma mobilização, o povo não terá condições de combater esses ataques.
Serve de exemplo para a esquerda brasileira que tem usado a pandemia como pretexto para não se mobilizar.
O exemplo do Equador deixa clara a tendência à mobilização que começa a aparecer em vários países, inclusive no Brasil. O povo sabe que não é possível ficar em casa esperando os governos arrancarem cada centavo e cada direito político dos trabalhadores usando a pandemia como pretexto. É preciso sair às ruas e enfrentar essa política criminosa e genocida da direita, predominante na maioria dos Países da América Latina.