A prefeitura de São Paulo demitiu, entre o fim do ano de 2020 e início de 2021, 174 funcionários da saúde. Os profissionais foram contratados em regime emergencial para combater a pandemia de Covid 19 nas regiões das zonas sul e leste da cidade, nos hospitais de Campo Limpo, Tatuapé, Jabaquara e Mooca.
As demissões acontecem quando a cidade enfrenta o momento mais grave da contaminação, com a taxa de mortos chegando a 60 mil pessoas. Com o registro de mais de 200 mortes por dia só na capital.
São Paulo já é o local do país com maior número de mortes e internações pelo novo coronavírus, tem que enfrentar ainda a falta de profissionais para a linha de frente contra a doença e o esgotamento dos que ainda permanecem trabalhando sobrecarregados com a diminuição do contingente no atendimento.
A narrativa do governo estadual e municipal em relação as demissões, é que essas não prejudicarão o combate da doença, já que afirma ter contratado mais de 60% de profissionais para repor os que foram mandados embora. A Secretaria Municipal da Saúde, aponta a normatização da recontratação de outros funcionários até o dia 25 de janeiro, data estipulada pelo governo estadual para início do plano de imunização e vacinação de 9 milhões de pessoas dos grupos prioritários. Mas, pelo andar da carruagem, com mais de 200 mortos dia em São Paulo até lá muita gente vai sofrer com a falta de funcionários.
Quem tem acompanhado as adoções de medidas genocidas dos governos de São Paulo, sabe que a justificativa é pura demagogia. Dória e Covas não fizeram, nesse quase um ano de pandemia, absolutamente nada para conter a doença e socorrer a população mais pobre da miséria, fome e contaminação.
Promover a demissão de pessoas contratadas para atender a população atingida pelo coronavírus é um verdadeiro escarnio com o povo e os profissionais de Saúde, profissionais esses que trabalham em número reduzido, em condições perigosas para si e seus familiares e estão à beira da exaustão. Reduzir funcionários em qualquer mínimo espaço de tempo na crise que se apresenta e brincar com a vida da população. Quem esta doente não pode esperar os “avançados e científicos” nessa palhaçada de contrata e demite, somente para economizar dinheiro com o pagamento dos direitos dos funcionários demitidos.
O sindicato Sindsep, apontou que o governo não pagará FGTS e verba rescisória para os trabalhadores demitidos, afirma também que os novos contratados terão contrato de trabalho precário, já que não a nenhum sinal de que um concurso para ingresso será realizado.
Em meio a uma das maiores crises já enfrentadas na cidade, a política de enfrentamento dos golpistas é essa, demissões, entrega do patrimônio público e abandono da população. Embora a quem deposite confiança na atuação de Dória e Covas, a realidade os coloca lado a lado, se não a frente de Bolsonaro nas ações de degradação das condições de vida dos paulistanos.