Um grupo de cem artistas curitibanos se mobilizou por meio de um manifesto entregue ao prefeito golpista, Rafael Grecca, exigindo que a prefeitura libere o recurso do Fundo Municipal de Cultura, o qual chega a R$ 14 milhões para ser destinado aos trabalhadores do setor cultural, afetados pela paralisação das atividades. Os artistas signatários do manifesto pedem também um programa de renda emergencial para os trabalhadores de cultura e a elaboração de editais, prêmios prevendo o período de pós-pandemia.
Ao mesmo tempo está para ser votado no Senado Federal nesta quinta-feira, o PL 1075/2020, denominado de “Lei Aldir Blanc” o qual prevê auxílio emergencial de R$ 3 bilhões para a cultura, assim como uma renda mensal de R$ 600 para o setor. O projeto prevê também uma ajuda de R$ 10 mil para espaços artísticos e e culturais que tiveram suas atividades interrompidas.
É preciso destacar que a proposta original, defendida pela deputada petista, Benedita das Silva do Rio de Janeiro, pressupunha o valor do auxílio emergencial equivalente ao salário mínimo pelo tempo que perdurasse a pandemia. A proposta original foi alterada após um acordo entre a deputada do PCdoB, Jandira Fegalli, e setores da direita, reduzindo o valor para R$600.
Outro ponto a ser destacado é que o auxílio não atinge todos os trabalhadores da área da cultura. O valor destinado deve alcançar a casa dos R$3,6 bilhões. Destes, 80% deve ser destinados aos trabalhadores da cultura, o que alcançaria cerca de 1,6 milhões de pessoas. Um número muito distante dos 5 milhões de trabalhadores que dependem diretamente da cultura no Brasil.
Trata-se, portanto, da política de esmagamento da cultura, imposta pela direita desde o golpe de estado. A Cultura tem sido nos últimos anos um dos setores mais atacados, com a dissolução do ministério, corte de verbas, censura a artistas, perseguições. O que nada mais é do que o plano de ação da direita contra esta área fundamental.
É necessário ampliar a mobilização dos artistas e demais trabalhadores da cultura. É necessário unificar a luta deste setor com as mobilizações que começam a se ampliar, da juventude, da classe trabalhadora e demais setores oprimidos, contra o governo governo golpista. Levantar a palavra de ordem de Fora Bolsonaro e todos os golpistas.