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Mineração

Trabalhador terceirizado da Vale do Rio Doce é soterrado e morto

O trabalhador terceirizado da Vale Júlio César de Oliveira Cordeiro, de 34 anos, foi mais uma vítima da política criminosa e assassina da mineradora Vale

Na sexta-feira (18), o trabalhador terceirizado da empresa Vale, Júlio César de Oliveira Cordeiro, de 34 anos, foi soterrado após um deslizamento de terra de talude na Mina do Córrego do Feijão, município de Brumadinho.

Júlio era terceirizado pela empresa Vale Verde, que presta serviços para a mineradora Vale. Funcionários da Vale relataram que, após a morte do colega, os demais ouviram de seus chefes que era necessário compreender que a área de mineração é uma área de risco e que os trabalhadores têm de ter consciência de que podem não mais voltar para casa. Ou seja, para a administração da Vale, a morte de trabalhadores é algo absolutamente natural.

Há denúncias de que os trabalhadores são submetidos a riscos e trabalham com medo de que outras barragens se rompam e haja deslizamentos. Em condição de anonimato, fizeram circular áudios que expressam o terror de trabalhar nas instalações da Vale e a situação das barragens, algo extremamente preocupante. O trabalho na mineração é considerado uma das atividades laborais mais perigosas do país, em grande medida pelo fato de a empresa não cumprir com as normas de segurança.

Segundo Marta Freitas, coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), historicamente, as mineradoras não zelam pela segurança adequada dos seus trabalhadores e infringem leis. “A mineração é o lugar mais perigoso do mundo para se trabalhar. No caso do Brasil, a chance de você morrer na mineração é três vezes maior do que em qualquer outra atividade.

A Vale protagonizou duas das maiores catástrofes ambientais e sociais da história do Brasil. Os rompimentos das barragens de Mariana (ano de 2015 – 19 mortos) e Brumadinho (ano de 2019 -272 mortos e 11 desaparecidos), ambas localizadas em Minas Gerais, gerou centenas de mortes, destruição de moradias e do meio ambiente. A direção assassina da Vale fez de tudo para ocultar as dimensões dos fatos e se esquivar da responsabilidade para com os mortos e suas famílias, bem como sua responsabilidade na destruição da fauna e flora.

Depois de passados anos dos dois episódios, as famílias dos mortos lutam na justiça para receber indenização.  A Vale tenta impedir ou postergar o pagamento de indenizações, quando não propõe valores irrisórios, o que significa um verdadeiro escárnio por parte da empresa para com a legislação nacional e o povo.

É preciso reestatizar a Vale, que foi entregue para o capital estrangeiro na época do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Além disso, os sindicatos devem mobilizar os trabalhadores para exigir o imediato pagamento das indenizações e que seus valores sejam correspondentes ao dano causado pela negligência da empresa em relação aos seus funcionários, à sociedade e ao meio ambiente.

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