Na tarde de quarta-feira, dia 25 de setembro, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) soltou nota de repúdio contra a prisão injusta de João Abalhão. O militante do movimento social foi preso durante uma operação da direitista Polícia Federal realizada na cooperativa do assentamento Margarida Alves, localizado no município de Nova União, em Rondônia.
Supostamente a operação tinha o objetivo de combater o desmatamento ilegal e a suposta venda de lotes dentro da reserva, mas esses são falsos pretextos para perseguir politicamente lideranças das organizações de esquerda. Segundo a nota, “a Polícia Federal, instituição pública paga pelo dinheiro do povo, com mecanismos sofisticados de inteligência para os processos investigatórios, não pode errar seu alvo como errou tal qual nesta operação”.
Aqui não cabe tamanha ingenuidade, a instituição contendo esses tais mecanismos sofisticados é incapaz de cometer esse erro de forma involuntária. Qualquer um que organize alguma pressão contra governo fascista é um possível alvo para as investigações políticas da Polícia Federal. É provável que, assim como a prisão de Lula, Abelhão tenha sido preso por causa de convicções.
A perseguição da extrema-direita tem se articulado para tentar impor, a mãos de ferro, a política neoliberal no Brasil. A população dos núcleos agrários são sempre as mais perseguidas com o objetivo de desarticular as organizações de trabalhadores do campo, como forma de fortalecer o latifundiário que persegue e mata através de seus jagunços. Por isso é essencial organizar uma frente combativa contra os desmandos dos fascistas através dos comitês de luta contra o golpe.
Com o fortalecimento das organizações de trabalhadores, do campo e da cidade, é possível enfrentar o fascismo de frente, sem defensiva. A mobilização de massas é a única capaz derrotar Bolsonaro, libertar Lula e exigir eleições gerais com Lula candidato e criar um país governado pela mobilização permanente dos trabalhadores.