A perseguição as torcidas organizadas aumenta na capital mineira. Na última semana a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que foi feito um levantamento com nomes de pessoas que estavam envolvidas de alguma forma em atentados. Tais atentados seriam enfrentamentos entre as duas torcidas organizadas que teriam ocorrido recentemente.
Chama a atenção a alegação da polícia de que após denúncia de alguns torcedores ligados à Galoucura, contra a Mafia Azul, descrita a seguir, a denúncia segundo a PCMG teria por objetivo, desarmar uma torcida, para que depois quem havia denunciado pudesse invadir a sede da torcida adversária e realizar quebra quebra.
De acordo com a delegada à frente do caso, “após a investigação, a polícia descobriu que a ação da Galoucura tratava-se de uma retaliação a uma tentativa de invasão anterior, que a Máfia Azul tinha feito na sede Noroeste da Galoucura, na manhã daquele mesmo dia. Foram danificados veículos de associados da torcida. Tivemos notícia de disparos de arma de fogo”.
Além disso, no próprio dia 30 de abril, poucos minutos antes da invasão, a Polícia Militar recebeu uma denúncia de que havia armas de fogo no galpão da Máfia Azul. Os militares foram até o local mas encontraram apenas bombas. A Polícia Civil acredita que a denúncia teria sido feita por integrantes da Galoucura, com o intuito de desarmar a torcida rival e facilitar a entrada na sede.
Não é de hoje o ataque as torcidas organizadas, vem de décadas de perseguição. Toda a perseguição organizada aos torcedores através de suas torcidas pelo judiciário golpista e toda a direita estão intensificando uma perseguição generalizada às torcidas organizadas dos clubes de futebol. Sob os mais variados pretextos, como o utilizado acima contra as torcidas mineira. Aqueles que fazem mais bonita a festa do futebol estão sendo aos poucos banidos dos estádios, atacados com o controle dos grandes monopólios capitalistas que impõe ingressos caros, horários de difícil acesso aos torcedores-trabalhadores etc.
Visando apenas seus lucros, a burguesia teme a “periculosidade” que é a reunião de dezenas de milhares de pessoas em um estádio de futebol que, dependendo da situação política do País, pode ganhar contornos explosivos, de revolta e manifestação, daí o controle que se pretende exercer sobre a torcida. Assim é necessário ir exterminado com a organização das torcidas e isso começa pela repressão e pelo judiciário
O fim das torcidas organizadas, é o objetivo de políticos de direita como Major Olímpio e do próprio Jair Bolsonaro. A ideia é transformar os estádios brasileiros em “arenas”, ao estilo europeu, com torcedores brancos, de classe média, pra isso é necessário tirar as torcidas organizadas elas atrapalham o capital e seus donos envolvidos no esporte.