No último domingo, (17), a torcida do Corinthians, a Gaviões da Fiel, foi a Brasília bater de frente com a ditadura da extrema-direita no país. Exibindo uma faixa pela defesa da democracia, os torcedores denunciaram a os ataques do governo de Jair Bolsonaro, colocando medo nos coxinhas. Há pouco mais de uma semana atrás, no dia 9 deste mesmo mês, a Gaviões conseguiu amedrontar, na Avenida Paulista, em SP, um ato da direita que, quando viram os corintianos, saíram correndo de medo.
As torcidas organizadas estão se mobilizando para resolver os problemas causados pela pandemia desde o início. Representantes legítimas da classe trabalhadora pobre do país, mostraram que o que não dá, é para ficar parado e, inicialmente, através de ações solidárias de arrecadação de recursos e alimentação, distribuíram mantimentos à população necessitada.
Mas, quem é duramente atingido pela política genocida da extrema-direita percebe que a luta deve ir mais além. Pouco a pouco, a política revolucionária vem àqueles que sentem na pele a humilhação que os trabalhadores passam no governo Bolsonaro, que os faz mendigar auxílio em filas intermináveis, correndo o risco de ser contaminado a qualquer momento. O desemprego batendo na porta, a pobreza invadindo o país e o presidente fraudulento andando de jetski, conversando com ricos que fazem churrasco numa lancha, enquanto reclamam de como a economia vai mal. É preciso ir às ruas.
Os atos da Gaviões da Fiel são o reflexo prático da necessidade de mobilização da classe trabalhadora. Esses grupos, com histórico classista de luta, não têm seus grilhões presos às atitudes reacionárias de lideranças sindicais e partidos da esquerda pequeno-burguesa, que estão completamente cooptados pela direita, levados a eternos acordos dentro do congresso e, iludidos com demagogias, consideram a migalha de 600 reais uma conquista.
As atitudes da organizada, as de bater de frente com as milícias fascistas apoiadores do governo Bolsonaro, são o caminho a ser seguido pela esquerda. Os trabalhadores precisam, mais do que nunca, tomar as ruas. Um grupo de 100 corintianos colocou os fascistas para correr na Avenida Paulista, é preciso olhar para a força que tem a classe trabalhadora enfurecida enchendo as ruas, aos gritos de ‘Fora Bolsonaro!’, empurrando os fascistas contra a parede e os expulsando do governo.
É preciso se mobilizar contra a política da extrema-direita. Esta é uma política que está encurralando os trabalhadores num abismo social profundo. Já são mais de 15 milhões entrando na pobreza. A pandemia é um fator que escancara e intensifica os planos de Bolsonaro para a população. Isso se prova quando o pacote de medidas provisórias não têm nada a ver com o combate ao vírus, sendo somente as medidas de ataque aos trabalhadores que já estavam premeditadas. Ou seja, o governo só aproveitou a pandemia para acelerar os ataques, com demagogias como o auxílio, que nem chegou aos mais necessitados, servindo só de argumento para uma ilusão da esquerda. A fome bate, a violência aumenta. A população está enfurecida com a direita, é preciso mobilizar para ir às ruas contra o governo Bolsonaro!
Fora Bolsonaro!