Foi registrado, no último sábado, dia 09 de maio, uma manifestação da torcida organizada do Corinthians, a Democracia Corinthiana, na avenida Paulista, em São Paulo. A atividade foi convocada para fazer frente à manifestação fascista que estava marcada para o mesmo local.
É uma medida já tomada anteriormente, quando do golpe de Estado, por exemplo, quando manifestações da esquerda e da direita se encontraram nas ruas. Era a oportunidade para mostrar como lidar com os fascistas.
O Partido da Causa Operária (PCO) ficou conhecido por colocar para correr o pessoal do MBL (Movimento Brasil Livre), que sempre defendeu o golpe de Estado, e é um dos responsáveis pelo atual estado de coisas. Em vários episódios, a Democracia Corintiana esteve conosco, bem como outras organizadas, como os Porcomunas.
A atividade deste sábado, feita pelos corintianos, é uma demonstração de que é possível e, na verdade, necessário tomar as ruas em defesa das reivindicações mais elementares do povo, como a questão da saúde, dos testes de Covid-19, defesa dos direitos sociais e democráticos do povo.
Isso sem falar da luta contra a direita, contra os fascistas, que, como política tradicional da luta operária, precisam ser enfrentados nas ruas, com mobilização do povo organizado. Nesse sentido, não se deve recorrer ao Estado burguês para reprimir os fascistas, até porque o fascismo, no atual momento, está dentro do próprio Estado, especialmente através de suas secretarias de segurança pública.
O PCO já havia feito o ato de 1º de Maio, Dia do Trabalhador, presencial, tomando todas as precauções de saúde possíveis, para levar adiante a luta contra a crise econômica e de saúde. Não é possível esperar que a política do #ficaemcasa, defendida pela esquerda pequeno-burguesa, tenha algum resultado. Não é possível resultado algum com a paralisia, ficando em casa, esperando que a mesma direita, que deu o golpe de Estado, resolva, agora, a situação drástica que o povo enfrenta.
Não é só. Além dos corintianos, já aparecem no Brasil inteiro uma série de manifestações contra a crise, paralisações, organizações de bairro, enfim, as vítimas da política genocida da direita que está no poder estão se organizando. E sempre foi assim.
Apesar das lideranças atuais dos trabalhadores estarem de quarentena, fechando os sindicatos etc. a mobilização do povo sofrido é uma necessidade imediata, e não é possível esperar que a pandemia cause desastres ainda maiores entre o povo trabalhador.
Nesse sentido, os torcedores que se manifestaram na Paulista, os conselhos populares e as organizações e manifestações de bairro apenas demonstram que existe uma demanda represada de luta, mas que será feita, pelos meios necessários.