Em mais uma demonstração de censura por parte dos golpistas, uma faixa homenageando Marielle Franco, assassinada recentemente pelo aparelho repressor do estado golpista, foi proibida de ser exibida durante o jogo de futebol entre o Cruzeiro e Patrocinense no Mineirão em 17 de Março por ordem do responsável pela segurança do estádio do Mineirão, o Cel da Reserva da PM de MG Sandro Afonso Teatini.
Com a polêmica, a torcida organizada Resistência Azul Popular procurou o Cel Sandro A Teatini para questionar as razões de tal censura e conseguiram gravar um vídeo .
Este caso, que fere a liberdade de expressão e também o artigo 13 do Estatuto do Torcedor, não foi um acontecimento isolado. No Rio Grande do Sul, a torcida ‘Tribuna 77’, do Grêmio, levou faixas com os mesmos dizeres para a Arena e também teve que retirá-las. No Rio, a torcida do Bangu promoveu cantos durante a partida contra o Madureira e foi coibida. Em todas as situações, a justificativa para o veto foram “manifestações políticas”.
O Consórcio Minas Arena que administra o estádio informou apenas que atos de manifestação, quando comunicados previamente, têm acontecido de forma organizada e recebido, inclusive, apoio do departamento de imprensa do estádio, o que contradiz a versão do responsável pela segurança, que pode ser confirmado no vídeo gravado pelos torcedores onde ele diz que é proibido a manifestação política.
Vale lembrar que recentemente a TV Globo causou polêmica ao tentar censurar manifestações políticas em estádios através de um de seus apresentadores e foi duramente criticado inclusive pelo próprio Casa Grande.
A censura aos torcedores da Resistência Azul só comprova que há uma política ditatorial de censura contra qualquer manifestação política.