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Trabalho sim, lazer, não!

Toque de recolher, uma medida repressiva e para inglês ver

Os governadores da ala direita do PT do Ceará e da Bahia impõe toque de recolher para liquidar o lazer da população e assassiná-la nas atividades comerciais

No cardápio dos genocidas, entre as demagogias criminosas e os assassínios em massa, encontra-se o saboroso “lockdown”. Para fazer valer o pedido, a esquerda é usado para fazer o papel de direita, ao seguir tal fracassada e fraudulenta política da burguesia para combater o vírus. Assim, no Ceará e na Bahia os governadores da direita do PT seguem o exemplo de Doria e, ao mesmo tempo em que lançam os trabalhadores para pegar a doença na atividade econômica, liquidam o lazer da população.

Mas é claro, já foi comprovado pelos grandes conhecedores da “ciência” que o vírus não se propaga nos transportes públicos lotados e nos meios de trabalho. Pelo contrário, o coronavírus só se espalha pelos bares e pelas noites. Ora, essa seria a única lógica possível para aprovar um toque de recolher entre 22 horas e 5 horas, e no resto do dia forçar os trabalhadores a manterem sua rotina de trânsito.

Obviamente se trata de uma demagogia barata, não é preciso ser nenhum acadêmico para perceber a clara contradição. Nunca existiu um verdadeiro isolamento no País e não será pondo um fim no tempo de descanso dos trabalhadores que haverá. Na realidade, assim que tiveram a oportunidade, os golpistas rapidamente reabriram todo o comércio e obrigaram os trabalhadores a se contaminarem para não morrer de fome.

Na Bahia, começou nesta sexta-feira (19) o toque de recolher, que durará, pelo menos, até a próxima quinta-feira (25), das 22h às 5h, em 343 cidades. De acordo com o decreto, os estabelecimentos comerciais e de serviços deverão encerrar as atividades até as 21h30. Já os estabelecimentos comerciais como shoppings, bares e restaurantes, além de postos de gasolina que vendem bebidas alcoólicas deverão estar fechados e vazios às 22h.

Também estará suspensa outra atividade que tende a ocasionar grandes aglomerações, os serviços de delivery. Esses estão proibidos a partir das 22 horas para bares, restaurantes e semelhantes, sendo permitidos apenas para farmácias.

As atividades comerciais não essenciais serão suspensas, os meios de transporte metropolitanos estão proibidos de circular a partir das 22h30 e as lojas de conveniência de postos de gasolina deverão ser fechadas.

Bravo! Esse é o programa de Rui Costa para combater o vírus na Bahia. Dá para perceber o grande esforço de sua equipe de burocratas para elaborar o projeto, o qual promete tirar o estado da situação crítica em que se encontra.

É importante compreender que não se trata de mais uma das várias demagogias do governo, e sim, de uma conduta criminosa frente às milhares de mortes na Bahia e no Brasil. A diretora do Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Izabel Marcílio, ressaltou que:

“O nosso pico de leitos foi em agosto [de 2020], com 1.196 leitos. A gente conseguiu fechar bastante e estávamos com 440 em outubro. Agora a gente está aumentando sem parar e chegamos a 1.088 leitos”

Entretanto, para ela, o problema não seria o programa genocida da direita e da esquerda que a acompanha, e sim, do povo trabalhador. Presumida, a “baseada em evidências” da pequena burguesia garante que o que ocasionou o aumento não foi a reabertura e a destruição da economia, e sim, os hábitos irresponsáveis do povo.

“O que a gente percebe é um total descomprometimento e desrespeito. A gente não consegue entender se é porque a vacina começou a ser aplicada e as pessoas já se veem livres da pandemia. As pessoas estão viajando e vivendo a vida como se a pandemia tivesse acabado e não é real. Então, com certeza, essa é a principal causa desse aumento”

Pois bem, se o povo é culpado devemos tirar dele seu direito de ir e vir, bem como proibir ele de festejar após uma cansativa e contaminante semana de trabalho. O argumento grotesco e sem fundamentos da especialista mostra exatamente o que propaga a imprensa burguesa, aquela que adora apresentar os melhores pratos do cardápio genocida como o caminho à salvação pública.

Um bom exemplo é o caso do lockdown no Ceará, onde Camilo Santana, outro governador do PT, decretou a medida na quinta-feira (18), e na primeira noite, maravilhosamente, as ruas ficaram vazias. Bairros de Fortaleza e em cidades como Iguatu, no centro-sul do estado, bem como espaços públicos situados em bairros como Praia do Futuro e Conjunto Esperança, ficaram esvaziados.

Avenida do Bairro Conjunto Esperança, em Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha
Rua do Bairro Conjunto Esperança, em Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha
Rua da Praia do Futuro, em Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha
Centro de Iguatu, no sul do Ceará — Foto: Wandemberg Belém
Praça da Igreja Matriz, no Centro de Iguatu — Foto: Wandemberg Belém

Bravíssimo! Quem precisa de vacina quando se garante as ruas vazias nas madrugadas?

Finalmente fica claro que se caracteriza como uma medida completamente ineficiente, sem contar com seu caráter extremamente repressivo. Nesse âmbito, quem dirige na prática o lockdown é a milícia fascista do Estado, o qual ganha mais poder para fazer o que quiser contra o povo. Qualquer um deve ter o direito de ir e vir, ainda mais quando é forçado a morrer pelo vírus no dia a dia. Além de contraditória, é uma medida antidemocrática e abusiva contra a classe trabalhadora.

Em São Paulo, por exemplo, o lockdown foi um fracasso. Ele não fez diferença em nenhum dado fundamental da pandemia, ao mesmo tempo em que aumentou a violência e a repressão da população. Agora, enquanto a política do lockdown continua em alguns lugares para os paulistas, como Araraquara, os golpistas impõe a volta às aulas e o genocídio da comunidade escolar.

Obviamente se trata de uma demagogia criminosa e assassina, que precisa ser sistematicamente denunciada e combatida. A única coisa a se fazer é lutar através de uma ampla mobilização pela vacinação massiva com uma vacina eficiente. Isso, nunca será alcançado com os golpistas que proíbem o povo de sair para se divertir, e forçam cada vez mais ele a se contaminar e morrer.

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