A decisão democrática do ministro do STF, Marco Aurélio Mello, em conceder uma liminar que impedia a prisão em segunda instância, que permitiria a liberdade para presos que estão encarcerados injustamente sem os devidos tramites legais, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi cassada de maneira totalmente ilegal.
A extrema-direita tratou de mexer os “pauzinhos” e em menos de cinco horas depois da decisão de Marco Aurélio Mello. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, tratou de caçar a decisão e impedir que o direito garantido na constituição federal fosse colocado em prática.
A decisão do ministro Dias Toffoli revelou, mais uma vez, a tutela dos militares sobre o regime político. Antes mesmo da decisão de Toffoli para derrubar a liminar de Marco Aurélio Mello, o Alto Comando do Exército se reuniu de maneira extraordinária para discutir o acontecimento e uma possível soltura de Lula.
A decisão de caçar a liminar não veio de Dias Toffoli e sim dos militares que estão controlando o STF e todo o regime político.
Mais essa arbitrariedade jurídica e um regime político em que os militares tomam as decisões, e não querem que Lula seja solto de maneira nenhuma, fica evidente que Lula não será solto pelas mãos da justiça.
Não há nenhuma lei que passe por cima dos militares e do judiciário golpista. O desfecho de mais essa arbitrariedade mostra que Lula somente sairá da prisão se houver muita pressão popular através da mobilização.
Os partidos e organizações de esquerda tem que concentrar os esforços na mobilização dos trabalhadores. Somente uma ampla mobilização será capaz de libertar Lula e derrotar os golpistas.