Com a ofensiva da direita, que promove o atropelamento dos direitos políticos, econômicos, sociais e civis de grande parte da população, a esquerda dá um grande passo na contribuição para a unificação das lutas contra o regime golpista.
Reunidos no último dia 30, diversos setores da esquerda brasileira, como partidos políticos, organizações populares da cidade e do campo e membros da sociedade civil que vêem seus direitos ameaçados, decidiram iniciar conversações a fim de unificar as pautas das esquerdas e lutar contra a direita capacho do imperialismo norte americano em nosso país.
Ficou acertado entre as entidades e pessoas que participaram do encontro do dia 30, que no dia 16 de março ocorrerá em São Paulo a primeira grande reunião dos defensores da liberdade de Lulana Plenária Nacional Lula Livre.
Após a decisão do ex-deputado Jean Willys (PSOL), de abandonar o país com medo das ameaças de violência que vinha sofrendo por setores fascistas organizados pela direita, ficou claro para as pessoas que ou unificamos a luta ou seremos expulsos um a um.
O que aconteceu com Marielle Franco, vereadora do PSOL, morta a tiros no Rio de Janeiro, com Dilma Rousseff, derrubada da presidência por um golpe, com Lula, preso injustamente e sem provas, com José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, lideranças do MST da Paraíba, baleados por capangas de grandes latifundiários, com homossexuais perseguidos e mortos impiedosamente, etc., são exemplos da política de violência que a direita quer implementar contra a população e contra todos os setores de resistência e luta.
Nesse sentido, começa a ser formado um consenso entre amplos setores da base dos movimentos sociais brasileiros de que a liberdade para Lula é uma questão central na luta política pela conquista das demais liberdades individuais e coletivas que a classe trabalhadora almeja.
Também fizeram parte da reunião que decidiu a realização da Plenária Nacional Lula Livre, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Central de Movimentos Populares (CMP), deixando claro suas enormes preocupações com as perseguições e violências às quais estão expostas nesse novo cenário político nacional.
A Plenária Nacional Lula Livre ocorrerá no dia 16 de março, portanto, a menos de um mês da prisão política de Lula completar um ano.
A participação e a representação do máximo possível de entidades de luta, que não estejam dispostas a aceitar de cabeça baixa as arbitrariedades cometidas pelo regime golpista é de fundamental importância.
Este diário convoca a toda a militância de esquerda a trabalhar na divulgação e ampliação dos quadros que irão compor essa frente unificada de luta.
Só unindo forças é possível reverter o trágico cenário político no qual o país se encontra, derrotando o golpe e estabelecendo um governo verdadeiramente democrático, operário, camponês, popular e sob o controle da classe trabalhadora.