Lula está preso em Curitiba há 510 dias. Preso político da Lava Jato, Lula foi condenado sem provas pelo ex-juiz Sérgio Moro, ministro da Justiça do golpista Jair Bolsonaro. É um prisioneiro da direita golpista, perseguido político por causa de seu papel de liderança entre os trabalhadores e a esquerda brasileira. Em solidariedade a Lula, vítima dos inimigos dos trabalhadores, dia 14 de setembro será um dia de mobilização e um grande ato em Curitiba em sua defesa, para exigir: Liberdade Para Lula!
A questão da prisão política de Lula é um ponto central na luta dos trabalhadores contra a direita golpista. O PT, um partido reformista apoiado por uma massa de trabalhadores, tornou-se um obstáculo para a aplicação da política do imperialismo no Brasil, o que levou ao golpe de Estado de 2016, com a derrubada de Dilma Rousseff por meio de um fraudulento processo de impeachment.
Nesse quadro, a perseguição política ao maior partido de esquerda do país foi fundamental. E o principal alvo dessa perseguição, o objetivo principal da direita, era o ex-presidente Lula. A prisão de Lula foi uma etapa decisiva na tentativa do imperialismo de consolidar o regime político novo que surgiu depois do golpe e que atravessa uma crise desde o seu início.
Neste momento, a direita precisa manter Lula preso porque sua libertação acrescentaria um elemento imprevisível à crise. Enquanto a direita golpista procura conter a polarização no país, a libertação do ex-presidente poderia levar a uma polarização mais intensa, ameaçando a estabilidade do governo e do próprio regime político.
Portanto, a exigência de libertação para Lula confronta diretamente os golpistas e pode impor uma derrota decisiva à direita. Ao lado de Fora Bolsonaro!, a palavra de ordem Liberdade Para Lula! dá uma perspectiva de superação da crise da política nacional pela esquerda.
Lula ainda é visto por um amplo setor de trabalhadores como seu representante no regime político, daí seu potencial desempenho eleitoral apesar de toda a campanha da imprensa golpista contra ele durante décadas. Uma mobilização pela libertação de Lula tem a possibilidade de colocar muita gente em movimento contra a direita golpista.
De modo que agora é fundamental mobilizar o maior número de pessoas possível para defender a liberdade de Lula, para irem a Curitiba no dia 14, exigir a liberdade de Lula e pressionar o regime político. Com tudo que se sabe hoje sobre a Lava Jato, Lula teria que ter sido solto imediatamente. No entanto, esse não é um problema jurídico. A liberdade de Lula é um problema político. A direita golpista não pode soltá-lo, e só uma ampla mobilização política será capaz de impor a libertação do ex-presidente.