O regime fascista de Ivan Duque, na Colômbia, iniciou o ano numa enorme ofensiva de suas milícias fascistas, ampliando o extermínio em massa dos lutadores do povo.
Em apenas 15 dias, segundo organizações não governamentais já são 19 líderes sociais assassinados na Colômbia. Tais números subiram na última terça-feira com mais dois mortos, um deles, foi o importante lider indígena Alexander Quitumbo morto em uma área rural Toribio, no departamento de Cauca (sudoeste do país).
O homicídio de Quitumbo, 30 anos, ocorreu horas após o assassinato de Jorge Luis Betancourt, coordenador de esportes do Community Action Board (JAC) de San Francisco del Rayo, no departamento de Córdoba (norte).
Na terça-feira, o Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos em Genebra admitiu que pelo menos 107 defensores dos direitos humanos foram mortos na Colômbia durante 2019.
Os 107 assassinatos ocorreram em 25 dos 33 departamentos do país, embora mais da metade esteja concentrada em Antioquia, Arauca, Cauca e Caquetá, e o grupo mais atacado foi o de defensores de povos indígenas.
Enquanto as milícias são financiadas e protegidas pelo próprio governo fascista, o presidente Iván Duque com revoltante desfaçatez disse que em 2019 houve uma redução no assassinato de líderes sociais perto de 25%.
Entre os quase 600 assassinatos ocorridos desde 2016, as vítimas são sindicalistas, estudantes, lideranças femininas, militantes políticos e membros das FARC.
Desde o acordo de paz entre a FARC e o governo em 2017, cerca de 575 pessoas foram assassinadas, situação que demonstra o enorme erro político das direções das FARC. A sua capitulação frente a aceitar o fim da luta armada não serviu para acabar com a violência, serviu apenas para fortalecer a direita colombiana e agora ter o caminho liberado para os cachorros loucos da burguesia agirem. É vital a reorganização das FARCs para se contrapor a violência fascista contra a população e suas lideranças.