A aliança direitista, que viabilizou a eleição de Ratinho Júnior ao governo do Paraná, está gerando impactos negativos aos movimentos sociais.
No caso dos trabalhadores sem-terra, estima-se que nove despejos foram autorizados pelo governo paranaense em 2019. Nesse estado sulista, há cerca de oitenta ocupações e sete mil famílias alojadas em áreas declaradas improdutivas.
No município de Cascavel, desde o final de dezembro do ano passado, buscando chamar a atenção da sociedade paranaense para as consequências dos despejos dos trabalhadores rurais e respectivas famílias, foi iniciada a “Vigília Resistência Camponesa: por terra, vida e dignidade”.
Diariamente, entre 10h e 15h, centenas de trabalhadores rurais se reúnem no quilômetro 557 da BR-277 munidas de faixas, bandeiras, sementes crioulas e alimentos produzidos pelas famílias acampadas. Todas as pessoas que observam a manifestação são convidadas a assinar um livro de presença e a almoçar com os camponeses.
Naquela cidade paranaense, 213 famílias estão prestes a serem desalojadas, inclusive cerca de 250 crianças, de acordo com as informações do Setor de Comunicação e Cultura do Movimento dos Sem-Terra do Paraná. A ocupação dessas áreas ocorreu há aproximadamente vinte anos no complexo de Fazendas Cajati.
É preciso impulsionar a luta dos indígenas, dos trabalhadores da terra, em torno de seus direitos, pelo direito a autodefesa diante dos ataques do latifúndio, enfim, lutar pela derrubada do governo dos latifundiários, pelo fora Bolsonaro.