Hoje, quarta-feira (15), o Brasil será palco de dezenas manifestações contra os cortes de verba do governo de Jair Bolsonaro. Os estudantes e os professores das redes públicas estão se organizando para parar as principais avenidas do país em protesto à política neoliberal que o imperialismo está impondo aos brasileiros desde o golpe de 2016 que depôs a presidente eleita Dilma Rousseff.
Assembleias estudantis, assim como manifestações, foram realizadas previamente. A expectativa é que milhares de pessoas se mobilizem contra Bolsonaro. É importante ter em mente que se trata aqui de mobilizações política, que não podem se limitar a pautas econômicas. Por isso o papel da esquerda deve ser de liderar a luta e levar amplamente suas bandeiras, seus panfletos, adesivos, cartazes, faixas e palavras de ordem.
Trata-se aqui de um movimento contra o Estado Burguês, já que estes controlam a educação pública do país. Logo um movimento político. A comunidade acadêmica já protagonizou esse papel diversas vezes, sobretudo quando foi posto em xeque a ditadura militar, e também quando lutou-se contra governos de direita. Basta lembrarmos das manifestações dos professores contra o governo de Beto Richa no Paraná e contra Alckmin em São Paulo, ambas fortemente reprimidas pelo Estado. Estes setores sempre se impuseram contra os governos da direita brasileira.
Pela importância e magnitude da manifestação, a esquerda não pode cometer alguns erros crassos como vem cometeu em algumas manifestações anteriores. A esquerda deve levar suas bandeiras e sob hipótese alguma abaixa-las. A esquerda pequeno-burguesa capitulou perante a direita cedendo aos setores reacionários de manifestações passadas que impuseram manifestações “apolíticas”, que nada mais é do que a política direitista impedindo o avanço da luta política da esquerda.
A luta pela educação pública, ampla e gratuita para a população sempre foi uma pauta da esquerda. A direita só se interessa em fortalecer seus monopólios a despeito da miséria da população que fica com as migalhas da burguesia.
Por isso, a pauta não pode se limitar a conquistas políticas, pedindo simplesmente a anulação dos cortes. A esquerda deve reivindicar a abolição das reformas, a renúncia do governo e a liberdade dos presos políticos pelo golpe, como é o caso de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa greve geral da educação deve acarretar a paralização do país inteiro. Os trabalhadores devem se juntar aos estudantes. Só com uma paralização de todos os setores poderemos derrotar a agenda neoliberal do imperialismo e retomar a política brasileira e a soberania nacional.