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Tio miliciano, vizinho miliciano, assessor miliciano: o presidente e o crime organizado

O tio da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o 1º sargento reformado da PM, João Batista Firmo Ferreira, foi preso na quarta-feira (29) no Distrito Federal junto com seis outros militares por fazerem parte de uma milícia que atuava em Ceilândia, na região do Sol Nascente, onde mora a família da esposa do presidente ilegítimo da República. A mãe dela, Maria das Graças, é irmã do miliciano preso.

A prisão dos militares foi consequência da Operação Horus, do Ministério Público do Distrito Federal, que investiga PMs por crimes de loteamento irregular do solo, extorsão e homicídio, relacionados à grilagem de terras.

Os sete militares presos são todos sargentos que já atuaram ou estão atualmente lotados no 8º e no 10º Batalhão da Polícia Militar, que são os responsáveis pelo policiamento ostensivo lá onde mora a família da Michelle Bolsonaro.

As investigações começaram em 2011 e ganharam força com a colaboração de um ex-integrante da quadrilha para receber o benefício de redução da pena. Esse colaborador detalhou o funcionamento da organização criminosa. Com autorização judicial, ligações telefônicas foram interceptadas e as conversas revelaram como ocorria a grilagem das terras do Sol Nascente pelos policiais militares.

Através da quebra do sigilo fiscal, autorizada pela justiça, se verificou transferências bancárias do tio de Michelle para outro integrante da quadrilha de milicianos, que totalizaram R$ 8 mil. Ele é aposentado desde 2017 e recebe mensalmente cerca de R$ 8,2 mil mais benefícios.

Puxando da memória recente, tornou-se público que o vizinho dos Bolsonaro, no condomínio de luxo localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, também é miliciano e pai de uma ex-namorada de um dos filhos do presidente fascista. Esse vizinho, também ex-sargento, Ronnie Lessa, está preso acusado de ser o matador da vereadora Marielle Franco. Com um salário líquido de menos de R$ 7.500,00, o sargento reformado tem casa no luxuoso condomínio Portogalo, em Angra dos Reis, e andava em um automóvel importado e blindado, que custa mais de R$ 100 mil.

Ronnie Lessa, o vizinho dos Bolsonaro, integrava a quadrilha de Adriano Magalhães da Nóbrega, que está foragido depois que foi descoberto um arsenal de 117 fuzis desmontados, exclusivos dos fuzileiros navais dos Estados Unidos, em um imóvel na Meyer, Zona Norte da capital fluminense, cujo contrato de locação está em nome dele.

O filho 01, Flávio Bolsonaro, agora senador, empregou em seu gabinete, quando era deputado estadual no Rio, a esposa e a mãe do miliciano Adriano Nóbrega e, inclusive, o homenageou, da tribuna da Assembleia, duas vezes, em 2003 e 2005. Na segunda ocasião, Adriano recebeu, de Flávio Bolsonaro, a mais alta condecoração do Rio de Janeiro, a medalha Tiradentes, quando estava preso, suspeito de homicídio.

O próprio presidente ilegítimo da República, em 2005, quando era deputado federal, fez um discurso na Câmara em homenagem a Nóbrega, codinome Urso Polar, na época condenado por homicídio, se referindo a ele como um “brilhante oficial”. O “brilhante Urso” é quase Brilhante Ustra, o torturador (condenado em 2008 por seus crimes durante a ditadura militar) e que é outra devoção já afirmada e reafirmada por Jair Bolsonaro.

Milícias são quadrilhas do crime organizado. O vizinho de Jair Bolsonaro é miliciano e acusado de ser o assassino da Marielle. Os Bolsonaro são amigos e aliados de milicianos e seus familiares. Agora, vem a público que o tio da esposa do presidente era um militar integrante de uma dessas quadrilhas.

Como a vida imita a arte, uma antiga letra de música caipira, com uma ligeira adaptação, parece sintetizar a situação: o vizinho é porco, o amigo é porco, o tio é porco, é porco pra todo lado, então é tudo uma porcaria.

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