Da redação – Nesta quarta-feira (2), o STF aprovou através de votação uma tese que pode culminar na anulação de diversas sentenças da fraudulenta Operação Lava Jato, incluindo o processo do ex-presidente Lula sobre o sítio de Atibaia. A votação contou com 7 favoráveis a tese e 4 contrários, incluindo os ministros Marco Aurélio Mello e o presidente da Corte, Dias Toffoli, que acabaram não votando na última sessão.
Para os ministros, os réus delatados devem se pronunciar sobre os processos e apresentar suas alegações finais depois dos réus delatores, ou seja, os delatores devem se pronunciar antes dos demais acusados, e mesmo as ações que não passaram por esse critério, deverão ter revisadas suas sentenças, incluindo a ação de Lula.
O julgamento que abriu precedente para essas revisões de sentenças é o do ex-gerente da Petrobras, Márcio de Almeida Ferreira, além do julgamento de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, que teve sua sentença anulada. Apesar de não ter grande repercussão, servirá como orientação ao Judiciário.
O resultado dessa votação é reflexo da grande crise que vem se estabelecendo nos processos da Lava Jato, operação criada especialmente para fazer presos políticos e perseguir a esquerda, sendo a cartada final a prisão do ex-presidente Lula, que está em Curitiba há mais de 500 dias. Trata-se de uma derrota da Lava Jato no Judiciário, contudo, como já ficou demonstrado outras vezes, é pouco provável que essa abertura se estenda ao processo de Lula, afinal, ele não será solto pelas vias institucionais, mas, sim, pela luta do povo nas ruas.
De qualquer forma, esse resultado serve para mostrar a crise do governo golpista, que tanto escorou sua moral e ética na Operação Lava Jato e, agora, está completamente sem credibilidade após as mensagens vazadas pelo The Intercept Brasil.