Na última semana, a seleção do Irã denunciou o boicote que a empresa americana Nike empreendeu contra a equipe asiática, De maneira humilhante, os jogadores tiveram de comprar suas próprias chuteiras, pois a Nike, que deveria fornecer os calçados, se negou a fazer isso em retaliação à política nuclear do governo iraniano. Comandadas pelos Estados Unidos, as sanções contra o Irã são feitas em nome da “paz mundial” – isto é, o boicote ao país governado por Hassan Rohani teria, supostamente, o interesse em evitar conflitos pelo planeta. No entanto, segundo dados recentes, os Estados Unidos são a maior ameaça à paz mundial: a cada 14 minutos, uma bomba é jogada a mando dos americanos.
Segundo o jornal americano The Guardian, os Estados Unidos teriam jogado mais de 25 mil bombas apenas em 2016. Com esses números em mente, é impossível qualquer pessoa levar a sério que o imperialismo norte-americano esteja interessado em promover a “paz mundial”.
Outro aspecto curioso da matéria do The Guardian é que o ex-presidente Barack Obama é apontado como o responsável pelo maior número de bombardeios de toda a história. Isto é, embora tenha sido eleito com um discurso de que seria contra a guerra no Iraque e tenha se apresentado como um grande “diplomata”, Obama foi tão assassino quanto o imperialismo necessitava.
O nível monstruoso de bombardeios norte-americanos mostra claramente que os Estados Unidos não é nenhum modelo de “democracia” é ser seguido. Democracia, para os americanos, significa o direito de sugar toda a riqueza e toda a força de trabalho de um país e explodi-lo quando este se rebelar – foi assim com o Iraque, está sendo assim com a Síria, provavelmente será na Venezuela e poderá ser no Brasil.
Por isso, é necessário que os trabalhadores e setores democráticos abandonem qualquer crença na demagogia do imperialismo americano – afinal, seu verdadeiro interesse é liquidar com qualquer possibilidade de existência de uma democracia de fato. A única forma de combater todos os problemas que estão colocados diante da humanidade passa inevitavelmente pela construção de um partido operário: um partido que permita que os trabalhadores se organizem de maneira independente e que coloque a expropriação da burguesia como condição fundamental para o progresso.
