O Grupo JBS/Friboi já foi multado em quase R$ 25 milhões por compra ilegal de gado, porém, para esses gananciosos, as leis não lhes dizem respeito.
O grupo foi processado e, em 2017, recebeu uma sentença, a qual teve que pagar R$ 24,7 milhões através da operação “Carne Fria”, no entanto a Seara e Swift, pertencentes ao grupo continuam com a mesma prática, conforme comprovou a ONG Repórter Brasil e o jornal The Guardian.
A reportagem esteve em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará, e flagrou gado sendo criado em uma área desmatada e embargada pelo Ibama – prática considerada crime ambiental. A área faz parte da fazenda Lagoa do Triunfo, que já foi multada por desmatamento ilegal e integra o grupo Agro SB, antes conhecido como Santa Bárbara Xinguara e, controlado pelo banqueiro Daniel Dantas. A Agro SB é uma tradicional fornecedora da JBS.
Além disso, a investigação também confirmou que, no ano passado, a fazenda Lagoa do Triunfo transferiu centenas de cabeças de gado para outra fazenda do mesmo grupo empresarial, sem problemas ambientais, de onde animais são vendidos para o abate nos frigoríficos da JBS.
Os patrões do JBS/Friboi, para manterem o lucro cada vez maior, bem como suas contas bancárias, não se furtam de transgredir toda e qualquer legislação, tanto é assim que, a própria ONG Repórter Brasil, no início da década de 2010, fez um documentário, baseado em pesquisas em vários frigoríficos, principalmente com empresas do grupo JBS/Friboi, onde mostrava as atrocidades cometidas contra seus operários dentro das fábricas.
Os patrões dos frigoríficos, como os da JBS/Friboi, bem como os criadores de gado tem recebido várias benesses, uma delas é a não fiscalização dos escândalos cometidos através dos fiscais do próprio governo, a outra é da retirada das Normas Regulamentadoras (NRs) que visam à segurança e proteção dos funcionários, ou seja, os patrões que já agiam como bem queriam, agora poderão transgredir sem serem incomodados por ninguém. Quem sabe voltam a usar a chibata, o tronco, etc. nos trabalhadores, como usavam nos escravos no período colonial.