A invasão das terras indígenas Yanomami, nas divisas entre Roraima e Amazonas, e a fronteira com a Venezuela, em causado fato nunca antes observado, o número de garimpeiros esta quase alcançando o de Índios.
No Brasil, a Terra Indígena (TI) Yanomami foi homologada em 1992 e compreende 96 mil km² espalhados por Roraima e Amazonas. O território do povo, porém, se estende até a Venezuela. Dados mais recentes, de 2011, indicam uma população de 19 mil indígenas Yanomami no território brasileiro e 16 mil do lado venezuelano.
A população de índios das etinias Yanomami e Ye’kwana é de aproximadamente 22 mil indivíduos, enquanto a de garimpeiros ilegais é de quase 20 mil.
As notícias sobre as invasões, que já existiam desde sempre, desde o início do governo fascista de Bolsonaro se intensificaram.
Os garimpeiros contam com o apoio do governo através de discursos de incentivo e com o desaparecimento das fiscalizações.
Agora nem a justiça mesmo através de decisões liminares está conseguindo impedir ou retirar os garimpeiros da área, pois o governo usa a AGU para interpor recursos que no fim das contas barram qualquer ação contra os garimpeiros.
A recente onda de invasões de garimpeiros ganhou força depois que a vigilância na TI Yanomami diminuiu. A Funai mantinha quatro Bases de Proteção Etnoambiental (Bape) no local, mas três foram desativadas.
Apenas a de Ajarani está em funcionamento, a qual é voltada para o atendimento aos povos Yanomami de recente contato.
Duas bases do Exército montadas na área após uma operação, em 2018, também foram desmobilizadas.
Os garimpeiros são financiados por empresas de mineração e essas por sua vez pertencem direta ou indiretamente a políticos, todos estão em busca dos minerais que são abundantes na região, sendo o principal deles o ouro.
Vários conflitos já ocorreram com a morte de vários indígenas, uns morrem assassinados, outros por doença infecciosa, e muitos morrem de doenças relacionadas a contaminação do solo por materiais pesados, como o mercúrio.
Agora também estão morrendo de coronavírus, e até o momento 23 indígenas já morreram em decorrência da doença.