Segundo informações da própria TV Globo, o golpista Michel Temer pretende criar muito em breve, através de uma medida provisória, o Ministério Extraordinário da Segurança Pública.
A prerrogativa “oficial” desse Ministério, defendida pelo ministro da Justiça, Torquato Jardim, pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, e pelo chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, seria de “combate à criminalidade”.
Além disso, a intenção dos golpistas é a de transferir para esta pasta a responsabilidade de nomear os chefes de órgãos como a Polícia Federal, responsável direto pela Operação Lava Jato.
Esta é mais uma demonstração da força dos militares no governo golpista que abre um precedente muito perigoso. É bom lembrar o caso da criação da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (SESGE), que serviria para atuar exclusivamente nas Olimpíadas, mas acabou sendo um instrumento para fortalecer a presença dos militares no Rio de Janeiro, um dos locais que mais tiveram as famosas GLOs (operações para Garantia da Lei e da Ordem) no ano passado.
Outro caso grave que serve bem para ilustrar o cenário perigoso que vivemos é o de maio do ano passado, durante a Greve Geral, quando houve um confronto generalizado na Esplanada dos Ministérios e o governo, por meio de um decreto extra-oficial, autorizou o uso das Forças Armadas na repressão ao ato.
Em pleno ano de eleição, os golpistas não pretendem medir forças para reprimir o povo, tanto institucionalmente, como é o caso dos processos da Lava Jato, como nas ruas, como já vemos na presença de policiais e militares agindo à vontade contra o povo em praticamente todas as capitais do país.
