Seis ministros do golpista Michel Temer intensificaram a campanha para Bolsonaro e contra Haddad. Está é mais uma demonstração de que a chapa do presidenciável do PSL representa uma continuidade do regime vigente.
Vinícius Lummertz (Turismo) e Sérgio Sá Leitão (Cultura) estão usando seus perfis sociais para defender o presidenciável. Ambos são da bancada do MDB, embora não haja sinalização de que serão indicados para compor um eventual governo bolsonarista. Além deles, o ex-ministro da Educação Mendonça Filho passou a ser cotado para voltar ao MEC, e outros três declararam voto em Bolsonaro: Ronaldo Fonseca (Secretaria-Geral), Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia e Comunicações) e Carlos Marun (Secretaria de Governo).
Claro que o golpe precisa simular legitimidade, apresentando a chapa de Bolsonaro como popular, inflando seus votos e de seu partido, através das urnas fraudadas. Mas esta popularidade é falsa. Se Bolsonaro recebe algum apoio de setores da classe trabalhadora, é da parcela que vem sendo enganada por seu discurso moralista e demagógico – o assim chamado “populismo de direita”. Na essência, trata-se de um governo que sinaliza, nas articulações, a continuidade dos programas neoliberais, absolutamente impopulares, implantados com força total a partir do golpe.
Trata-se de um programa odiado pela população, que pretende escalar as “reformas” já iniciadas. Para isso, os golpistas sabem que precisarão mobilizar um forte aparato repressivo, tanto oficial (militar e policial) quanto das milícias fascistoides bolsonaristas.
Sigamos na resistência, impondo um preço cada vez maior aos golpistas até inviabilizar os planos da burguesia.
Fonte: Terra