Em entrevista transmitida na internet ontem (dia 8) pelo Diário do Centro do Mundo, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva atacou a posição do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro de apoio ao governo de Donald Trump ante aos criminosos ataques desferidos na última quinta (dia 2), realizados com drone, durante ação em solo iraquiano, não autorizada pelo governo local, que levaram ao assassinato do general iraniano Qassem Soleiman.
Segundo Lula, a situação evidencia a “subserviência” do presidente Bolsonaro aos Estados Unidos e pode criar problemas para o Brasil.
“A época não é própria, não é adequada para um país como o Brasil se meter em confusão numa briga externa. O Brasil é um país que não tem contencioso. […] O papel de um país como o Brasil era não se meter nisso. O Brasil tem superávit comercial com o Irã. Pode ser parceiro do Irã e dos Estados Unidos. O Brasil não tinha cair de joelhos nos pés do presidente Trump e logo concordar que o ataque ao general foi um ataque a um terrorista”
O ex-presidente assegurou que durante seu mandato presidencial constatou que não havia terrorismo ou armas nucleares no Irã e opinou que a decisão dos Estados Unidos de criar esse conflito no Oriente Médio tem fins eleitoreiros:
“O Trump sabe que não está fácil a reeleição com a quantidade de coisa que ele faz lá. Ele sabe que pode perder a eleição. Então, uma guerra sempre ajuda muito. É o que ele está provocando”
Diante dessa situação, Lula “disparou” contra o presidente ilegítimo:
“Ô, Bolsonaro, o Brasil não precisa disso. O Brasil não precisa ser lambe-botas de ninguém”.
Lula acompanhou a posição da maioria das organizações de luta dos trabalhadores de todo o mundo e da esquerda que se posicionaram contra o ataque do imperialismo norte-americano.
Como em muitos países, as organizações da esquerda e de luta dos explorados brasileiros, precisa convocar uma mobilização de rua para expressar a solidariedade ativa do povo brasileiro e das suas organizações de luta com o povo iraniano e iraquiano contra a intervenção imperialista no Oriente Médio que, da mesma forma que na América Latina, tem como único objetivo defender os interesses dos poderosos monopólios imperialistas, como da indústria bélica e do petróleo e dos bancos, que atacam e oprimem os povos dos países atrasados dessas regiões.
A principal arma dos explorados de todo o mundo contra essa ofensiva é levantar uma grande mobilização de rua contra os Estados Unidos e seus aliados imperialistas e contra os governos capachos, como é o caso de Bolsonaro e a maioria dos governos latino-americanos.
A política do governo brasileiro ameaça, inclusive, interesses do povo brasileiro nas ruas relações políticas e comerciais com os povos do Oriente Médio, evidenciando uma vez mais que o governo surgido da fraude que impediu Lula de ser candidato e ser votado pela imensa maioria dos brasileiros, é um governo que precisa ser colocado para fora por meio da mobilização dos trabalhadores e da juventude.
Fora o imperialismo do Oriente Médio e da América Latina!
Abaixo os governos capachos do imperialismo no Brasil e em todo o Mundo.
Ocupar as ruas contra a agressão imperialista e por Fora Bolsonaro!!!