Da redação – Enquanto os EUA estão no centro da pandemia do coronavírus, dando dinheiro aos bancos e deixando a população morrer -sem falar nos embargos contra países que necessitam investir para conter o vírus-, os mesmos EUA se preparam para uma invasão na Venezuela, acusando seu presidente de ditador, terrorista e narcotraficante. Maduro, no entanto, é um dos líderes que mais tem feito por sua população.
Maduro e outras personalidades da Venezuela tiveram sua cabeça posta a prêmio (15 milhões de dólares) pelos Estados Unidos sob a acusação de que Maduro enviava cocaína para a América do Norte, com o intuito de enriquecer. A Venezuela foi incluída também em uma lista de países que patrocinam o terrorismo.
Não é a primeira vez, no entanto, que os Estados Unidos utilizam a política de culpar algum líder de determinado país para depois invadir seu território e instalar ali o que dizem ser a “democracia”. Na década de 80, no Panamá, os norte-americanos acusaram Manuel Noriega, líder militar do Panamá, de ser traficante, estipulando o prêmio de 1 milhão de dólares para sua captura.
Após as acusações, em 1989, os EUA invadiram o Panamá, deixando no mínimo 3000 pessoas mortas e tomando o controle do país, dando em seguida o controle para Guillermo Endara (Guaidó panamenho). Noriega foi capturado e levado para os EUA, onde foi preso e sentenciado a 40 anos de prisão.
Assim como Maduro hoje, Noriega era visto como uma “ameaça” aos planos imperialistas, pois havia acabado com escolas militares que se submetiam diretamente aos Estados Unidos, além de colocar em risco o tratado Torrijos-Carter, que determinava que o Canal do Panamá voltaria ao controle dos panamenhos no final de 1999.
Os EUA demonstram, portanto, que estão dispostos a realizar uma verdadeira guerra no território sul-americano para conseguir ter o controle da Venezuela. É ainda mais desesperador, para os brasileiros, o fato de que Maduro já denunciou o fato de que Jair Bolsonaro possa deflagrar uma guerra entre Brasil e Venezuela para agradar seu patrão, Donald Trump.
É de extrema importância que combatamos a tentativa de invasão a um país vizinho e irmão do Brasil. Também é de extrema importância aumentarmos a luta pelo Fora Bolsonaro, de maneira que impeçamos a guerra entre dois países que sempre tiveram relações de amizade.